Subarbustos ou ervas, às vezes avermelhadas; ramos jovens 2-4-carenados.
Folhas patentes a semieretas, livres, cartáceas, oblongas a elíptico-oblongas, 12-27×3-6mm, ápice obtuso a agudo, base cuneada; face abaxial com nervura central saliente, glândulas não salientes.
Inflorescência terminal, 9-60-flora; pedicelo 2-3mm; brácteas e bractéolas estreitamente lanceoladas a lineares,
menores do que as folhas. Flores 10-15mm diâm.; sépalas subiguais, oval-lanceoladas, lanceoladas a linearlanceoladas, 4-6mm, agudas; pétalas oboval-oblongas, 5-6×2-3mm, apículo agudo, glândulas lineares; estames
65-85 em 5 fascículos pouco definidos; ovário estreitamente elíptico; estiletes (4-)5, ca. 3mm, estigmas ligeiramente
expandidos.
Cápsula cilíndrica, oval-cilíndrica a elíptica, geralmente ultrapassando as sépalas quando madura.
Distribui-se na Bolívia, Paraguai e Argentina; no Brasil, da Bahia até Santa Catarina, em São Paulo no leste e sudeste do Estado. C6, D6, D7, D8, E7, E8, E9, F4, F5, F6: áreas alagadas e brejosas, mata, beira de mata, beira de estrada. Coletada com flores e frutos de outubro até junho.
H. brasiliense é muito semelhante a H. campestre Cham. & Schltdl., e a separação das duas espécies só é possível com a presença de frutos mais ou menos maduros (Robson 1990), ainda assim é problemática. Todos os espécimes examinados do Estado de São Paulo, deste grupo, foram aqui identificados como H. brasiliense, mas são necessários mais estudos levando em consideração a ocorrência de apomixia nesta espécie.
Fonte: BITTRICH, V. Clusiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 45-62, 2003.