Arbustos até 1,5m, ramos terminais cilíndricos, tomentosos ou vilosos.
Folhas com estípulas lanceoladas, ca. 1mm, adpresso velutinas, ápice acuminado; pecíolo 0,2-0,5cm, raque 3,5-11(-12)cm, tomentosos; folíolos 11-17, papiráceos a cartáceos, os basais elípticos a ovais, 0,9-1,5×0,5-0,9cm, os laterais elípticos, oblongos ou ovais, 1,8-3×0,7-1,4cm, os terminais elípticos a ovais, 2,1-3×1-2cm, base arredondada, obcordada ou truncada, margem inteira e ápice obtuso, truncado, emarginado ou cordado, velutinos nas 2 faces.
Panícula frequentemente com até 5 folhas reduzidas na base, pedúnculo 3,5-7cm, raque 3,5-14,5cm, tomentosa a vilosa, cada racemo com pedúnculo 1-5cm, raque 1-5cm. Flores com cálice bilobado, o carenal 2,5-2,7×0,6cm, o vexilar 2,6-2,7×0,7cm, ambos lanceolados, externamente tomentosos; estandarte 2×2-2,2cm, elíptico a circular, emarginado, asas 1,8-2,2×0,7-0,8cm; ovário glabro, 15 óvulos.
Legume 7-7,5cm compr., linear-oblongo, sem resquícios de cálice e estilete, pericarpo glabro, lenhoso, levemente estriado; sementes 15-18 (J.A. Ratter et al. 3184), 6-6,5×3mm, 1,6-2,2mm esp., compressas, oblongas.
Harpalyce brasiliana Benth. está distribuída na Bolívia e no Brasil, onde foi amplamente coletada no centro-oeste, ocorrendo desde o sul do Pará até a porção setentrional da região Nordeste, no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Tocantins (Queiroz & São-Mateus 2015). A espécie está sendo registrada pela primeira vez para o estado de São Paulo. B6, C6, D7: cerrado, campo cerrado, campo rupestre. Em São Paulo, ocorre apenas uma das duas variedades da espécie, H. brasiliana var. brasiliana, caracterizada pelos folíolos abaxialmente velutinos.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.