Árvores 4-12m, ramos jovens pubescentes ou glabros.
Folhas com estípulas 5-6mm, lineares; estipelas 1-2,5mm; pecíolo 5-22mm; folíolos 4,5-13×2,3-6cm, oval-lanceolados, elípticos ou oblongos, ápice acuminado a agudo, base obtusa, arredondada ou cordada, glabros em ambas as faces.
Racemos 2-5cm; brácteas 1,5-2mm, ovais. Flores 9-10mm; bractéolas 1-1,5mm, linear-ovais; pedicelo 2-3mm; hipanto ca. 1mm; cálice 4,5-4,7mm, velutino, lacínias 1,5-2mm, as duas vexilares unidas até a metade, tubo calicino 2,5-3mm; estandarte 8-9×-5-6mm, oblato, glabro; asas 6-8mm, oblongas, glabras; pétalas da quilha 6-8mm, oblongas, glabras; ovário 2-3mm, pubescente nas margens, estipe 1-1,5mm.
Legume 3,5-5×2-2,5cm, castanho-claro, estipe 6-7mm; sementes 13-16×13-15, marrons a oliváceas.
Ocorre na Bolívia, Paraguai e Brasil, onde é encontrada de Rondônia e Bahia até o Paraná. C5, D5, D6, D7, E7: matas ciliares e semidecíduas do planalto. Coletada com flores em setembro, outubro e dezembro e com frutos de (fevereiro) maio a agosto.
A análise da variação morfológica de Cyclolobium realizada por Warwick & Pennington (2002) indicou que os caracteres utilizados para a delimitação das seis espécies até então reconhecidas para o gênero (Cyclolobium brasiliense Benth., C. clausenii Benth., C. blanchetianum Tul., C. vechii A. Samp. ex Hoehne, C. louveira Chanc., nom. illegit., C. nutans Rizzini & Heringer) se sobrepõem ou variam continuamente. Desta forma, o gênero ficou circunscrito a C. brasiliense. Esta espécie pode ser utilizada no paisagismo e sua madeira apresenta uso potencial na construção civil e de móveis (Lorenzi 1992; sob C. vecchii). Warwick & Pennington (2002) sugeriram que a espécie poderia ter emprestado seu nome às cidades de Louveira e Cabruitinga, no estado de São Paulo, onde era outrora comum.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.