Fabaceae – Aeschynomene montevidensis

Arbusto ereto. Ramos glabros a glabrescentes, castanhos no material herborizado. Estípulas cedo-caducas, peltadas, 0,5-0,8 cm compr., lanceoladas, ápice acuminado, base arredondada, margem inteira, glabra.

Folhas 2,5-7 cm compr., com 24-46 folíolos de 0,3-1 x 0,1-0,3 cm, oblongos, glabrescentes, ápice arredondado-mucronulado, base oblíqua, margem inteira, uma nervura principal subcentral. Bráctea 0,4-0,6 cm compr., ovado-lanceolada, margem inteira a serrulada.

Bractéolas 0,4-0,5 cm compr., ovadas, margem inteira a serrulada. Cálice 0,5-0,9 cm compr., bilabiado, lábio carenal trilobado, o vexilar bilobado. Corola com coloração amarela. Estandarte 1,2-1,6 cm compr., ovado-orbicular, ápice emarginado; alas 1,2-1,6 cm compr.; pétalas da carena 1,2-1,6 cm compr. Ovário glabrescente, óvulos 7. Lomento 1,8-5,5 cm compr., coloração castanho-clara; artículos 3-8, com ca. 0,7 x 0,4 cm, glabros; estípite 0,9-1,6 cm; istmo central, largo.

Sementes 0,4 x 0,25 cm, reniformes, coloração castanho-escura, superfície lisa.

Distribuição: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (Rudd 1955, Fernandes 1996, Oliveira 2002, Fortunato et al. 2008). No Brasil, essa espécie é citada para os domínios fitogeográficos do Cerrado e do Pampa, ocorrendo nas regiões Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e Sul (Paraná e Rio Grande do Sul), de acordo com Lima & Oliveira (2010).

Observações: encontrada em áreas alagadas de Mato Grosso do Sul e Paraná. Constitui a espécie de Aeschynomene com mais ampla ocorrência na PIARP do estado de Mato Grosso do Sul, porém, não chega a formar populações densas e os indivíduos isolados são facilmente localizados em época de floração, devido às suas flores vistosas e maiores do que as das demais espécies desse gênero. No Paraná é muito rara e foi coletada numa várzea próxima ao rio Paranapanema. A floração e a frutificação ocorrem, concomitantemente, nos meses de fevereiro a maio e em setembro, novembro e dezembro.

Fonte: SOUZA, M. C.; VIANNA, L. F.; KAWAKITA, K. & MIOTTO, S. T. S. O gênero Aeschynomene L. (Leguminosae, Faboideae, Dalbergieae) na planície de inundação do alto rio Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 198–210, abr./jun. 2012.

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