Fabaceae – Aeschynomene histrix

Subarbusto prostrado a ereto. Ramos glanduloso-pubescentes a hirsutos, verdes no material herborizado. Estípulas tardio-caducas, não-peltadas, 0,5-1,4 cm compr., ovado-lanceoladas, ápice acuminado, base cuneada, margem inteira, ciliada.

Folhas 3,5-7,5 cm compr., com 20-32 folíolos de 0,5-1,5 x 0,1-0,3 cm, oblongo-elípticos, glabrescentes, ápice arredondado-mucronulado, base oblíqua, margem inteira, ciliada, uma nervura principal subcentral. Bráctea 0,1-0,2 cm compr., ovada a deltóide, margem ciliada.

Bractéolas 0,1-0,15 cm compr., ovadas a deltóides, margem ciliada. Cálice 0,2-0,3 cm compr., campanulado, lobos 5. Corola com coloração amarela. Estandarte 0,5-0,6 cm compr., suborbicular, ápice obtuso; alas 0,5-0,6 cm compr.; pétalas da carena 0,5-0,6 cm compr. Ovário hirsuto, óvulos 2-3. Lomento 0,8-1 cm compr., coloração verde a marrom-clara; artículos 2-3, com 0,3-0,4 x 0,2-0,3 cm, pubescentes a hispidulosos; estípite ca. 0,2 cm compr.; istmo marginal, estreito.

Sementes 0,2 x 0,15 cm, reniformes, coloração castanha com pontuações mais escuras, superfície lisa.

Distribuição: América do Norte, América Central e América do Sul, alcançando até a Argentina (Rudd 1955, Fernandes 1996, Fortunato et al. 2008). No Brasil, essa espécie é citada para os domínios fitogeográficos da Amazônia, Caatinga e Cerrado, ocorrendo nas regiões Norte (Roraima, Amapá, Pará, Amazonas e Acre), Nordeste (Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Alagoas), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais) e Sul (Paraná), de acordo com Lima & Oliveira (2010).

Observações: apresenta ocorrência rara na PIARP e foi coletada em áreas arenosas e secas dos estados de Mato Grosso do Sul e do Paraná. A floração e a frutificação ocorrem, concomitantemente, nos meses de setembro, novembro e dezembro.

Fonte: SOUZA, M. C.; VIANNA, L. F.; KAWAKITA, K. & MIOTTO, S. T. S. O gênero Aeschynomene L. (Leguminosae, Faboideae, Dalbergieae) na planície de inundação do alto rio Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 198–210, abr./jun. 2012.

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