Euphorbiaceae – Manihot caerulescens

Arbustos eretos a arvoretas, ca. 2 m alt., monoicos; látex amarelado; ramos não viscosos, ferrugíneos, puberulentos, tricomas tectores.

Folhas alternas, limbos papiráceos, 5 (3)-lobado, lobo semelhantes entre si, 3,9–4,8 × 2,2–2,7 cm, obovados, venação broquidódroma, nervuras amareladas a castanhas, ápice apiculado, margem inteira, eglandulosa, base 2,2–2,4 mm larg., junção dos lobos 1–1,5 mm compr., sem sobreposição, face adaxial glabrescente, com tricomas tectores,
face abaxial glabra, verde-clara; pecíolos 2,7–5,9 cm compr., alaranjados; estípulas 5,8–8,4 mm compr., lineares.

Inflorescências racemosas terminais, decumbentes, 9,1–11,7 cm compr.; raque pubescente; brácteas inteiras, foliáceas, 2,6–1,6 × 0,8–1,1 cm, ovadas a elípticas. Flores estaminadas amarelas, 2,3–2,6 cm compr.; pedicelos 5,5–6,2 mm compr.; sépalas 5, unidas 1/3 inferior; lacínias 11 × 3,8–7,4 mm triangulares a ovadas; disco nectarífero amarelo; botões ovoides a cônicos. Flores pistiladas amarelas, 2–2,4 cm compr.; pedicelos 5,5–9,8 mm compr.; sépalas 5, unidas na base; lacínias 13–13,2 × 4–5,2 mm, estreitotriangulares a lanceoladas; ovários 4,1–5,3 ×
3,5–3,6 mm, globosos, pubescentes; estiletes 3, unidos; disco nectarífero amarelo, estaminódios 5; botões ovoides a cônicos.

Frutos 2,9 × 2,4 cm, glabros, castanho-escuros, com costelas irregulares, assemelhando-se à rugosidade, columela não observada.

Sementes ca. 1,5 × 1,2 cm, largoovadas, cor-de-caramelo com máculas castanhas.

Distribuição: A espécie ocorre no Paraguai (Rogers & Appan 1973) e no Brasil, onde apresenta ampla distribuição (BFG 2015).

Comentários: Manihot caerulescens é reconhecida pelo látex amarelado, folhas com limbo profundamente lobado, com lobos obovados, inflorescência decumbente, brácteas foliáceas e fruto com textura rugosa. Na SGLA, a espécie é
encontrado apenas um único indivíduo em ambiente de caatinga sobre afloramento rochoso.

Fonte: HURBATH, F.; TORRES, D. S. C. & ROQUE, N. Euphorbiaceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 67,n. 2, p. 489-531, 2016.

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