Ervas eretas ou escandentes, ca. 0,4 m alt.; ramos avermelhados, densamente velutinos, tricomas multicelulares.
Folhas opostas, papiráceas; limbo oval a elíptico, 14–18,6 × 7–9,4 mm, ápice obtuso a arredondado, base assimétrica, margens inteiras, faces abaxial e adaxial densamente velutinas; pecíolo 1–2 mm compr.; estípulas triangulares, 0,8–1 mm compr., fimbriadas no ápice, pilosas. Ciátios zigomorfos, solitários ou em dicásios, terminais; pedúnculos ca. 3
mm compr.; invólucro campanulado a hemisférico, 2–2,5 × 2–3 mm, externamente curto-pubescente e na base dos nectários pubescente; lobos triangulares, margens inteiras, ciliadas, amarelo-esverdeados; nectários 4, sésseis, transversalmente elípticos a oblongos, amarelados; apêndices 4, desiguais, 2 menores ovais, 2 maiores arredondados a pandurados, pubescentes nas 2 faces, brancos; bractéolas lanceoladas, fimbriadas, pubescentes.
Flores estaminadas 20–25 por ciátio, ca. 3 mm compr.; pedicelo ca. 2 mm compr. Flores pistiladas ca. 3,5 mm compr.; ovário globoso, ca. 1 × 1 mm, velutino; estiletes unidos na base, ramos 2-partidos, pubescentes, patentes; estigmas clavados; pedicelo ca. 2 mm compr.
Frutos globosos, ca. 2,5 × 2,6 mm, pubescentes, amarelo-esverdeados; pedicelo ca. 2,5 mm compr.; sementes castanhas, ovais a subovais, 1,8–2 × 1–1,3 mm, com 4 ou 5 costelas transversais, sem carúncula.
Endêmica da Bahia, ocorre apenas na porção norte do estado. C6 e D6: cerrado e campo rupestre. Encontrada com flores ou frutos de março a abril.
Euphorbia tamanduana era conhecida apenas pelo material-tipo, coletado em Jacobina por Blanchet 3841 (Simmons & Hayden 1997), tendo sido recoletada depois de mais de 100 anos. Assemelha-se a E. viscoides, da qual difere por possuir os apêndices do ciátio pubescentes nas duas faces (vs. glabros, em E. viscoides)
Fonte: CARNEIRO-TORRES, D. S.; SILVA, O. L. M. da & CORDEIRO, I. Flora da Bahia: Euphorbia (Euphorbiaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas v. 17, n. 10, p. 01-28, 2017.