Arbustos eretos, 1–1,7 m alt., monoicos; látex translúcido; ramos não viscosos, tricomas estrelados estipitados ou curto-estipitados porréticos.
Limbos papiráceos a cartáceos, ou membranáceos, 4–10 × 1–3,6 cm, estreitoelípticos a lanceolados, ou oblongos, venação eucamptódroma a broquidódroma, ápice agudo, ou arredondado a mucronulado, margem inteira a levemente serrilhada, eglandulosa, base arredondada a obtusa, levemente retusa, face adaxial glabrescente, face abaxial pubescente a flocosa, ambas com tricomas estrelados, face abaxial amarelada a levemente glauca; glândulas
presentes na base do limbo, 2, sésseis, capitadas; pecíolos 5–28 mm compr., estípulas transformadas em glândulas.
Inflorescências 2,5–9,3 cm compr.; raque tomentosa, ou hirsuto-pubescente a flocosa; brácteas 1–1,5 × 0,2–0,8 mm, elípticas a ovadas, ou lineares a lanceoladas, margem inteira. Flores estaminadas cremes, ou ferrugíneas, 3–7,5 mm
compr., pedicelos 1–4 mm compr.; sépalas 1,5–2,5 × 0,8–1,2 mm, elípticas a ovadas, face abaxial pubescente ou glabrescente; pétalas 5, 1,6–2,7 × 0,5–1 mm, obovadas a espatuladas, ou oblongas; estames 16–23, 2–3 mm compr.;
receptáculo piloso. Flores pistiladas amareloesverdeadas, 1,8–3,2 mm compr., pedicelos 1–1,6 mm compr., ou sésseis a subsésseis; sépalas 5, iguais a levemente desiguais, 1–2,3 × 0,3–0,8 mm, ovadas a triangulares, ou estreito-lanceoladas a lanceoladas, livres, face abaxial pubescente; disco nectarífero inteiro, glabro; pétalas 5, lineares ou
transformadas em glândulas, ou ausentes; ovários ca. 1–2 × 1–2 mm, elipsoides a globosos, hirsutopubescentes a tomentosos; estiletes unidos na base, 2-fidos, glabrescentes.
Frutos 4,3–5,6 × 4–5 mm, pubescentes a tomentosos, columelas ápice tripartido.
Sementes 4 × 2–2,5 mm, elipsoides.
Distribuição: A espécie desde a América Central até a América do Sul, e no Brasil distribuise nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste (Carneiro-Torres 2009; BFG 2015) Comentários: Croton heliotropiifolius apresenta ampla variação morfológica, tanto nas estruturas vegetativas quanto nas reprodutivas. Ver comentários de C. campestris. Na SGLA, a espécie é encontrada em fitofisionomias de cerrado, cerrado antropizado, caatinga, campos rupestres e floresta estacional decidual.
Fonte: HURBATH, F.; TORRES, D. S. C. & ROQUE, N. Euphorbiaceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 67,n. 2, p. 489-531, 2016.