Ervas eretas, ca. 0,3 m alt., monóicas; látex translúcido; ramos não viscosos, glabrescentes, tricomas estrelados sésseis.
Folhas alternas, simples; limbos membranáceos, palmatífidos, 3-lobados, lobos centrais 7,5–5,3 × 2,8–1,5 cm, lobos laterais 3,9–6,1 × 1,2 cm, lobos elípticos a obovados, venação actinódroma, ápice caudado, margem serreada com glândulas capitadas, base truncada a cuneada, face adaxial glabra a glabrescente, face abaxial glabrescente, ambas
com tricomas tectores, face abaxial verde; glândulas ausentes na base do limbo; pecíolos 2,7–3,7 cm compr.; estípulas ca. 3,5 × 0,2 mm, lineares, margem inteira.
Inflorescências terminais, tirsos racemiformes, 12,3–15,1 cm compr.; raques glabrescentes; brácteas 3–2 × 0,2–0,4 mm, ovadas a lanceoladas, margem inteira. Flores estaminadas verdes, 3,5–4,7 mm compr.; pedicelos 2,2–3 mm compr.; sépalas 5, 1,3–1,6 × 0,8–1 mm, elípticas a ovadas, livres, margem inteira, face abaxial glabra; pétalas 5, 1,2–1,5 × 0,4–0,6 mm, obovadas; estames 10–11, 1–2 mm compr., livres. Flores pistiladas verdes, 3,8–4,1 mm compr.; pedicelos ca. 0,8 mm compr.; sépalas 5, 2,5–3,2 × 0,5–0,7 mm, oblongas, livres, margem com glândulas, face abaxial glabrescente; pétalas ausentes; disco nectarífero 5-lobado, glabro; ovários 0,8–1,1 × 0,7–1 mm, globosos, glabros; estiletes unidos na base, 5–6-fidos, glabros, avermelhados.
Frutos 4,3–4,9 × 5 mm, globosos, glabros a glabrescentes; columelas inteiras. Sementes 3–3,5 × 2–2,3 mm, oblongas, tetragonais, rugosas, carúncula, séssil.
Distribuição: A espécie ocorre por todo o continente americano (González Ramírez 2010) e na Índia (Gaikwad et al. 2012). No Brasil possui ampla distribuição, ocorrendo em todos os estados e biomas (Caruzo & Cordeiro 2007; BFG 2015).
Comentários: Astraea lobata é reconhecida pelo hábito herbáceo, folhas 3-lobadas, membranáceas, margem das sépalas das flores pistiladas glandulosa. Segundo Caruzo & Cordeiro (2007), A. lobata é a única espécie do gênero que ocorre fora da América do Sul, e apresenta “status” de ruderal. Na SGLA, é encontrada em floresta estacional decidual.
Fonte: HURBATH, F.; TORRES, D. S. C. & ROQUE, N. Euphorbiaceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 67,n. 2, p. 489-531, 2016.