Arbusto ou arvoreta 0,3-4m; córtex suberoso, rimoso.
Pecíolo 3-12mm; lâmina 9,0-19,5×3,2-5,1cm; cartácea a coriácea; oblanceolada a espatulada; ápice arredondado ou truncado, levemente emarginado, mucronado; base aguda; nervura central na face adaxial fina, na abaxial proeminente, as laterais em ambas as faces conspícuas e salientes, retículo denso e saliente em ambas as faces; estípula persistente, pouco visível, enérvea, coriácea, 2-3mm, evidentemente menor que o pecíolo, suboval,
persistente, 3-setulosa, densamente recoberta por pilosidade ferrugínea.
Flores 9-20 nas axilas das folhas e ramentos; pedicelo 5-10mm; cálice 2/3 livre, lobos 1-1,2mm, triangulares, menores que o urcéolo estaminal; pétalas oblongo-obovais, 3,6-4×2-3mm; urcéolo 1-1,6mm; ovário elipsóide, 1,2-1,4×1mm; flor brevistila com estames 4,5-5,4mm; estiletes 1,5-1,7mm, livres; flor longistila com estames epissépalos 1,2-2mm, epipétalos 1,5-2,5mm; estiletes 3,5mm livres.
Fruto 7-8×4-5mm.
Bolívia e no Brasil nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. C5, C6, D4, D5, D6, D7, E5, E7: cerrado (sensu latu). Coletada com flores de agosto a dezembro e com frutos de setembro a janeiro. A casca adstringente tem aplicações na indústria e medicina e também fornece matéria tintorial vermelha.
Fonte: MENDONÇA, J. de O. & AMARAL JR, A. Erythroxylaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 107-120, 2002.