Erythroxylaceae – Erythroxylum daphnites

Arbusto ou arvoreta 2-4m; ápices dos ramos terminais sulcados longitudinalmente e comprimidos; córtex suberoso, fendilhado, castanho-esbranquiçado.

Pecíolo 2-5mm; lâmina 6,9-10,9×2,4-5,1cm; coriácea; oblongo-elíptica; ápice agudo, raramente arredondado; base obtusa a aguda; nervura central na face adaxial fina, na abaxial crassa e proeminente, as laterais impressas na face adaxial e do retículo inconspícuas em ambas as faces; estípula persistente, coriácea, 3,4-7mm, maior que o pecíolo,
lanceolada, nervada, 3-setulosa.

Flores 3, nas axilas dos ramentos; pedicelo 6,3-10mm; cálice 2/3 livre, lobos 1-1,5mm, triangulares, menores que o urcéolo estaminal; pétalas oblongas, 3,1-4,8×1,2-2,3mm; urcéolo 1,3-1,7mm; ovário elipsóide, 1,2-1,4×0,8-1mm; flor brevistila com estames 3mm; estiletes 1mm, livres; flor longistila com estames epissépalos 0,9-1,3, epipétalos 1,3-2mm; estiletes 2,8-3,4mm livres.

Fruto 8-10×2-4mm.

Bolívia e Brasil nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. C5, C6, D5, D6, E7, E8: cerrado (sensu latu) e áreas marginais e em matas ciliares que acompanhem os cerrados
(sensu latu). Coletada com flores de outubro a dezembro e com frutos de novembro a março.

Embora Schulz (1907) tenha citado a ocorrência de E. citrifolium A. St.-Hil. para o Estado de São Paulo, baseado em um único exemplar coletado em Campinas (Campos Novaes, s.d., s.n. in CGG-SP, SP 20458), verificou-se tratar-se de E. daphnites Mart.

Fonte: MENDONÇA, J. de O. & AMARAL JR, A. Erythroxylaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 107-120, 2002.

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