Arbusto, 0,5‑2,5 m alt., ramos glabrescentes.
Folhas com pecíolo 0,5‑2 mm compr., moderadamente espesso, glabrescente ou glabro; lâminas concolores, de formas variadas às vezes no mesmo espécime, de oblongo‑elípticas, raro elípticas, a obovado-elípticas ou obovado-oblongas, 2,7‑4,8 × 3,1‑2,1 cm, ápice atenuado-subagudo ou obtuso podendo apresentar uma glândula no término da nervura central, base obtusa a arredondada, face abaxial glabra ou glabrescente, brilhante, face adaxial com tricomas
simples, proeminentes; margem recurvada, inteira.
Inflorescências axilares, variando de glabras a densamente pubescentes. Flores com pedicelo 4‑8 mm compr., piloso, tricomas glandulares; brácteas oblongas a obovadas, ou lanceoladas, tricomas simples, às vezes tricomas glandulares interna e externamente, margem ciliada, 7 × 3 mm compr.; bractéolas setáceas, inseridas na região mediana do
pedicelo; cálice campanulado, ca. 1,5 mm compr., pubescente, recoberto por glândulas muricadas, ou glabro; corola 7‑9 mm compr., rósea a vermelha, às vezes externamente pilosa nos ângulos e internamente glabra; estame com filetes 2,5‑3 mm compr., piloso na margem ou na parte superior; ovário glabro, estilete 7‑9 mm compr., delgado, glabro.
Nuculânio subgloboso, 5‑6 mm diâm.
Esta espécie está amplamente distribuída pelo Brasil, desde o Estado da Paraíba até o Rio Grande do Sul ao longo da costa, para o oeste até o Mato Grosso do Sul e Goiás. Embora seja uma das espécies mais comuns da família, ocorrendo desde a vegetação de restinga e topos de morro. No Parque de Itatiaia é conhecida apenas por uma única coleta. O polimorfismo foliar de G. brasiliensis, também ressaltado por Silva & Cervi (2006), pode ser relacionado aos diferentes ambientes ocupados pela espécie. Coletada fértil em abril, sendo que os frutos desta espécie são indicados como comestíveis.
Fonte: MEZABARBA, V.; FILHO, M. D. M. V.; BORGES, R. A. X. & MANSANO, V. de F. Ericaceae do Parque Nacional do Itatiaia, RJ, Brasil. Rev. Hoehnea, v. 40, n. 1, p. 115-130, 4 il., 2013.