Elaeocarpaceae – Sloanea terniflora

Árvore 25 m alt. Ramos robustos, cilíndricos, lenticelas congestas, pubescentes.

Folhas alternas a subopostas, pecíolos cilíndricos, 0,8–2,2 cm compr., bipulvinulados, pubescentes; lâminas elípticas a obovadas, 6,5–18 × 3,2–6,7 cm, ápice curto-acuminado, base cuneada, coriácea, margem serreada no primeiro terço superior ou em toda a lâmina, não ciliada, faces adaxial e abaxial glabras exceto pelas veias primárias e secundárias, venação craspedódroma, veia principal plana na face adaxial, proeminente na face abaxial; veias secundárias 12–15 pares, veias terciárias percurrentes mistas.

Inflorescência axilar, cimosa. Flores não vistas.

Fruto capsular globoso, 1,8–2,5 × 1,2–2 cm, 4–valvar, valvas ca. 2 mm espessura, coberto por cerdas ca. 2 mm compr., retas, finas.

Sementes 1 por fruto, elipsóides, 11–14 × 7–9 mm larg., arilo cobrindo totalmente a semente.

Sloanea terniflora possui afinidades com S. eichleri e S. grandis, devido as três espécies possuírem venação secundária craspedódroma, contudo S. terniflora pode ser diferenciada por sua inflorescência cimosa, opondo-se a inflorescência racemosa de suas co-genéricas.

Distribui-se por Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Suriname, Venezuela. No Brasil esta espécie é registrada no
AC, AM, BA, MA, MT, PA, PR e SP. Na Serra dos Carajás está registrada na Serra Norte. Está espécie habita a área de transição da vegetação rupestre, para a mata de terra firme adjacente.

Fonte: TEIXEIRA, L. A. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Elaeocarpaceae. Rev. Rodriguésia, v. 69, n.1 (Especial), p. 53-58, 2018.

Deixe um comentário