Árvore 15 m alt. Ramos finos, cilíndricos, lenticelas congestas, pubescentes.
Folhas alternas, pecíolos cilíndricos, 1,8–2,7 cm compr., bipulvinulados, curto-pubescentes; lâminas obovadas, 11,4–18 × 8,5–11 cm, ápice arredondado, base subcordada, membranácea, margem repanda, não ciliada, face adaxial pubescente, face abaxial densamente pubescente, venação craspedódroma, veia principal plana a impressa na face adaxial, proeminente na face abaxial, nervuras secundárias 16–20 pares, veias terciárias percurrentes opostas
sinuosas.
Inflorescência axilar, racemosa. Flores 4–5-meras; sépalas ovaladas, 2–3 × 2 mm, pubescente nas faces externa e interna, ápice agudo, margem inteira; filetes 1,5–2 mm compr., pubescentes; anteras linear-elipsóides, ca. 2 mm
compr., pubescentes; prolongamento do conectivo apiculado, ≤ 0,5 mm compr., pubescente; ovário globoso, 2–3 mm compr., curto-pubescente; estilete 2–3 mm compr., reto, raro contorcido, glabro, inteiro.
Frutos não vistos.
Afinidades com a espécie S. eichleri, também encontrada na área de estudo, são discutidas nos comentários do item 1.1.
Esta espécie era considerada endêmica da Amazônia Brasileira (Smith 1954; Sampaio 2010) até ter seu primeiro registro para a Bolívia (Palacios-Duque et al. 2011). Atualmente ocorre no Peru, Bolívia e no Brasil (Pennington 2016). No Brasil distribui-se pelos estados do AC, AM e PA (BFG 2015). Na área de estudo ocorre na Serra Norte, em floresta de terra firme.
Fonte: TEIXEIRA, L. A. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Elaeocarpaceae. Rev. Rodriguésia, v. 69, n.1 (Especial), p. 53-58, 2018.