Convolvulaceae – Merremia tuberosa

Trepadeira; ramos glabros ou esparso-hirsutos, tricomas simples.

Pecíolo glabro, 4–15(–20) cm compr.; lâminas foliares glabras, palmatissectas com 7 segmentos, contorno orbicular, 6–14 × 8–15 cm, segmentos oblongos, elípticos ou lanceolados, inteiros, ápice acuminado.

Dicásios com 1–7 flores. Pedúnculo e pedicelos glabros, 8–20 cm compr. e 1–4 cm compr., respectivamente. Brácteas e bractéolas lanceoladas, glabras, 0,2–0,6(–1) cm compr. Sépalas ovadas ou oblongas, glabras, ápice obtuso,
mucronado, externas 2,3–3 × 1–1,5 cm, internas 2–2,5 × 0,8–1,3 cm. Corola campanulado-infundibuliforme,
amarela, 5–7,5 cm compr., glabra. Estames 1,5–2,4 cm compr., filetes denso-pubescentes. Ovário globoso, 4-locular, um rudimento seminal por lóculo; estilete 1,8–2,8 cm compr.

Cápsula globosa, 4-valvar, cálice ampliado, com 1–4 sementes pretas, 2–2,5 cm compr., pubescentes.

Espécie cultivada como ornamental na Região Sul do Brasil, assim como em diversas partes do mundo, sendo difícil determinar sua área de origem. Floresce e frutifica o ano todo, mais intensamente durante o outono.

Merremia dissecta é a espécie mais próxima morfologicamente de M. tuberosa, mas difere por possuir flores brancas e sementes glabras, além do indumento que pode ser hirsuto. Merremia tuberosa é conhecida pelos nomes populares rosa-pau, rosade-pau, flor-de-madeira ou rosa-de-madeira que se referem aos frutos com as sépalas ampliadas,
utilizados em artesanato (Lorenzi & de Souza 1999).

Fonte: FERREIRA, P. P. A. & MIOTTO, S. T. S. O gênero Merremia (Convolvulaceae) na Região Sul do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 64, p. 635-646, 2013.

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