Convolvulaceae – Ipomoea cairica

Trepadeira volúvel; ramos glabros. Pseudoestípulas semelhantes às folhas.

Pecíolo glabro, 1,5-4,5 cm compr., glanduloso no ápice. Lâminas foliares glabras, 2-7 × 3,5-8,5 cm, de contorno ovado a suborbicular, palmatissectas com cinco segmentos lanceolados ou elípticos, 0,5-1,5 cm larg., inteiros ou os
basais lobados, margem com tricomas muito curtos, ápice agudo ou obtuso, mucronado.

Cimeiras com 1-5 flores. Pedúnculo e pedicelos glabros, 1-5 cm compr. e 0,8-1,2 cm compr., respectivamente. Bractéolas ovadas, glabras, 0,1-0,2 cm compr. Sépalas planas, glabras, com nectários na base; externas ovadas a elípticas, 0,5-0,7 × 0,3-0,5 cm, ápice agudo ou obtuso, mucronado; internas ovadas, elípticas a suborbiculares, 0,5-0,9 × 0,6-0,8 cm, com margem hialina, ápice obtuso, mucronado. Corola campanulado-infundibuliforme, 4-7 cm compr., lilás, com o interior do tubo roxo; áreas mesopétalas glabras. Estames 0,8-2,6 cm compr.; filetes com tricomas glandulares na base. Ovário cônico, glabro, 2-locular, dois rudimentos seminais por lóculo; estilete 1,5-2,3
cm compr.; estigma 2-globoso.

Cápsula 4-valvar; 2-4 sementes pretas, 0,4-0,7 cm compr., tomentosas, tricomas curtos, com tricomas longos na margem.

Distribuição: Espécie com ampla distribuição geográfica por ser extensamente cultivada como ornamental, o que gera divergências quanto a sua área de origem. Pode ser encontrada em bordas de floresta nos mais diversos ambientes (Ferreira, 2013; Simão-Bianchini & Ferreira, 2015). Fenologia: Floresce e frutifica o ano todo, mas com picos de floração em outubro a abril.

Comentários: Ipomoea cairica ocorre na área de estudo com numerosos indivíduos, principalmente em bordas de floresta, em ambientes antropizados. Segundo Ferreira (2013) pode ser reconhecida, mesmo vegetativamente, por
suas folhas glabras, 5-palmatissectas e com pseudoestípulas. É uma espécie morfologicamente próxima de I. subrevoluta Choisy (ocorrendo nos estados do Amapá, Pará, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Paraná) que possui folhas sem pseudoestípulas e segmentos das lâminas com margem lisa, enquanto que em I. cairica, os segmentos possuem tricomas curtos.

Fonte: MOREIRA, A. L. da C.; GONZAGA, D. R. & NETO, L. M. Convolvulaceae em um fragmento da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, n. 38, p. 95-112, 2016.

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