Ervas delicada, 20 cm; ramos eretos ou ascendentes; esparso-vilosos a glabrescentes; entrenós 5-10mm.
Folhas sésseis; lâmina 5-10×1-2mm, estreitoelíptica a estreito-ovada, ápice e base agudos, nervação eucamptódroma, face abaxial esparso vilosa, face adaxial esparso vilosa a glabrescente.
Inflorescência uniflora; pedúnculo 6-17mm. Flores axilares; pedicelo 2mm, reflexo no fruto; bractéolas lineares; sépalas 2x1mm, estreito-ovadas, ápice agudo, esparsamente pilosas; corola 3x5mm diâm., tubo 1,5mm compr., rotada, azulada, áreas mesopétalas seríceas; filetes 1,7mm, anteras 0,9mm; ovário subgloboso, estiletes livres, 1mm, estigmas 2mm.
Cápsula globosa ou ovóide, 3mm diâm.
Conhecida desde o México, América Central, Colômbia, Venezuela, Guiana, Equador, Peru, Paraguai e Brasil. No Brasil ocorre no Distrito Federal e nos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Ceará,
Goiás e São Paulo. E6: em campo cerrado e áreas antropizadas. Floresce entre os meses de dezembro a março.
Evolvulus filipes assemelha-se a E. saxifragus que se diferencia por ser erva prostrada e apresentar folhas maiores, 6-20mm, e também corola de (8-) 10-13mm de diâmetro. Outra espécie muito semelhante é E. alsinoides que pode ser
distinguida pela corola de 7-9 mm, além de ser uma planta mais robusta com até 50cm de altura, folhas 7-20mmx3-10mm. Segundo Ooststroom (1934) E. alsinoides não ocorre no Brasil.
Nos herbários visitados foi encontrada uma única amostra, mas é muito freqüente no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Goiás e Minas Gerais onde os espécimes possuem as folhas maiores, com até 20x5mm, e corola desde azul até branca.
Fonte: SILVA, C. V. da. O gênero Evolvulus L. (Convolvulaceae) no Estado de São Paulo e no Distrito Federal, Brasil. 72f.il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2008.