Combretaceae – Terminalia januariensis

Árvore ca. 25 m alt., glabra.

Folhas 4,3‑8,7× 2,3‑4,2 cm, subcoriáceas, lâmina elíptica a obovada, ápice agudo, base atenuada, glabra; nervação eucamptódromabroquidódroma, 6 pares de nervuras secundárias; pecíolo 0,5‑1,7 cm, glândulas e domácias ausentes.

Inflorescência ca. 10 cm compr., axilares ou terminais; bractéola, botões florais e flores não observados.

Fruto ca. 2 × 3,5 cm, 2-alado; alas 2‑2,3 × 1,4‑1,5 cm, subelípticas, mais largas que o região central do fruto; região central 1,9‑2,2 × 0,5‑0,6 cm; pedicelo frutífero 10 mm.

Nesse estudo, considerou-se Terminalia januariensis, como uma espécie de difícil reconhecimento, devido à estreita similaridade com T. mameluco e a quase inexistência de material disponível para análise. A similaridade entre as duas espécies também é reportada por Stace (2010). No entanto, T. januariensis é reconhecível através das folhas glabras (vs. folhas seríceas), inflorescências com cerca 10 cm compr., axilares ou terminais (vs. inflorescências 4‑8 cm compr., axilares) e fruto 2‑alado com alas 2‑2,3 cm compr. (vs. alas 0,9‑1,2 cm compr.). Espécie endêmica do Brasil, restrita às regiões Nordeste (Bahia e Pernambuco) e Sudeste do país (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) (Stace 2010, Flora do Brasil 2020 2017). Segundo Marquete (2003) e Stace (2010), trata-se de
uma espécie ameaçada, sendo representada por árvoresde grande porte e encontrada em mata úmida. Em
Pernambuco, apresenta registro apenas em vegetação de floresta ombrófila densa (figura 1). Registrada na Reserva Biológica de Serra Negra. Encontrada com frutos entre fevereiro e julho.

Fonte: RIBEIRO, R. de T. M.; LOIOLA, M. I. B. & SALES, M. F. de. Terminalia L. (Combretaceae) do Estado de Pernambuco, Brasil. Rev. Hoehnea, n. 45, p. 307-313, 2 il, 2018.

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