Arbustos até pequenas árvores; látex branco ou amarelado; ramos jovens cilíndricos. Pecíolo 8-15mm; lâmina cartácea a subcoriácea, oblanceolada a estreitamente elíptica, (3-)6-11×(1,5-)2-3cm, ápice subagudo a arredondado, base cuneada a atenuada; nervuras secundárias em ângulo de ca. 20° em relação à nervura central; canais laticíferos
pouco evidentes.
Inflorescência 1-3 flora; pedicelo 5-13mm; brácteas 1,5-3×3mm, brácteas do epicálice 2 ou 4, decussadas, unidas na base. Flores 3-4cm diâm., pouco aromáticas; sépalas 4, creme-róseas, caducas; pétalas (5-)6-8, brancas a vermelhas no centro, ungüiculadas, obovais a orbiculadas, caducas; flor masculina com estames numerosos em sinândrio oblongo-ovóide, anteras sésseis, base com estaminódios resiníferos, pistilódio ausente; flor feminina com estaminódios resiníferos numerosos, 2-3(-4) séries ao redor do ovário, sem anteras, persistentes; ovário 6-8-locular; estiletes subterminais, curtos, estigmas lisos.
Fruto subgloboso, verde-avermelhado até vermelho, estigmas distantes entre si e do ápice do fruto.
Ocorre na região costeira do Rio de Janeiro e norte do Estado de São Paulo, não tendo sido coletada ainda ao sul do Trópico de Capricórnio. E8, E9: litoral. Coletada com flores de março até agosto, com frutos de abril até novembro. Espécie usada em paisagismo devido às suas belas flores e frutos vistosos.
Fonte: BITTRICH, V. Clusiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 45-62, 2003.