Árvores ou arbustos 2−5 m alt.; ramos glabros ou levemente pilosos. Estípulas 1 × 0,5 mm, triangulares.
Folhas com pecíolo 0,5−1 cm compr., glabro; lâmina 4,8−10 × 2,9−7 cm, elíptica ou ovada, ápice agudo ou acuminado, base arredondada, margem inteira, glabra; nectários 1−2 × 1−1,5 mm, 1−3 na raque, turbinados ou
globosos. Corimbo axilar e/ou terminal; bráctea não observada. Botão floral 1,5−2,6 × 0,5−0,9 cm, globoso, glabro. Sépalas externas 4,5−5 × ca. 5 mm, as internas 5,5−6 × 5−6 mm, côncavas, glabras. Pétalas 0,8−2 × 0,7−1 cm, brancas ou cremes. Estames 100-150; filetes 1,2−3,4 cm, brancos, pilosos na base; anteras 2,5−3 mm, estreitamente
oblongas, dorsifixas. Ginóforo 1−2,5 cm compr., glabro; ovário 3−6 × ca. 2 mm, cilíndrico-linear.
Fruto moniliforme, 4,5−8,7 × 0,5−1,3 cm; semente 0,6−0.8 × 0,3−0,5 cm, elipsoide ou ovoide.
Cynophalla flexuosa ocorre dos Estados Unidos à Argentina (Costa e Silva 1995). No Brasil, apresenta ampla distribuição nas Regiões Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia), Nordeste, Sudeste, Centro-oeste (Mato Grosso, Mato Grosso Sul) e Sul (Paraná, Santa Catarina) e ocorre em Caatinga s.s., Carrasco, Restinga, Floresta Estacional Semidecidual e Decidual (Cornejo et al. 2015). Na Caatinga ocorre em Caatinga cristalina e sedimentar, Inselbergs, Mata Ciliar e no Agreste (Moro et al. 2014). No Rio Grande do Norte é encontrada em Caatinga hiperxerófila, Restinga, Floresta Estacional Semidecidual e Decidual. Registrada no Parque Estadual Dunas do Natal, Parque Estadual da Mata da Pipa e RDS Estadual Ponta do Tubarão.
Coletada com flores de janeiro a março e em julho e com frutos de janeiro a julho e em dezembro.
Cynophalla flexuosa é comumente confundida com C. hastata, principalmente em materiais herborizados. Entretanto, C. flexuosa apresenta folhas elípticas ou ovadas, com ápice agudo a acuminado (vs. folhas oblongas, com ápice arredondado ou emarginado) e estames brancos (vs. estames com base vinácea e ápice branco). Embora
seus frutos apresentem dimensões similares, os frutos de C. flexuosa tendem a ser mais longos, estreitos e moniliformes (Figura 2c), enquanto os de C. hastata tendem a ser mais curtos, robustos e levemente moniliformes (Figura 2d-e).
Fonte: NETO, R. L. S. & JARDIM, J. G. Capparaceae no Rio Grande do Norte, Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 66, p. 847-857, 2015.