Árvores ou arvoretas, 2-6m, sem xilopódio, glabras; caule ereto, ramos castanhoclaros a cinza-claros, cilíndricos, subcarenados, sem lenticelas, suberizados, glabros, látex branco.
Folhas com pecíolo 50-70(-85)mm, glabro; lâmina (5,2-)6,1-10,5(-14)x(2,5-)3,2-6,5(-8,3)cm, concolor, coriácea, glabra, elíptica a oval-elíptica, raro oblonga, ápice arredondado, obtuso a retuso, base arredondada a cuneada, às vezes assimétrica; nervura central sulcada na face adaxial, proeminente na abaxial, nervuras secundárias proeminentes na face adaxial, subplanas a proeminentes na face abaxial, distantes ente si 2-3(-4)mm, nervuras
intersecundárias inconspícuas. Racemos, congestos, (4-)6-12,5cm, (1-)2-11 flores; pedúnculo (0,6-)1-1,5cm, glabro; brácteas 4-7×4-5mm, elípticas a oboval-elípticas, glabras, caducas; bractéolas 4-7×3-6mm, suborbiculares a elípticas, glabras, caducas. Botões florais (1,5-)2,1-4,9(-5,2)x(0,9-)1,2-1,8(-2)cm, flores bissexuais; pedicelo (0,8-)1,2-2cm, glabro; sépalas (6-)9-12x(6-)8-10(-12)mm, verdes, oblatas a suborbiculares, coriáceas, glabras, margem nãociliada; pétalas (2,7-)3-4,2×1,7-2,6cm, brancas, carnosas, ala membranácea, glabras, margem não-ciliada; filetes 5-8mm, brancos a amarelados, anteras 1,5-2mm, amarelas, basifixas, conectivo com glândula dorsi-apical, tecas oblongo-retangulares, não-loceladas; gineceu branco a esverdeado, estilete 3-5mm, glabro, estigma capitado; ovário 3-6×3-4mm, glabro.
Cápsulas 10-14×3,5-4,5cm, glabras; sementes 2-3,5×1-1,5cm.
Distribuição geográfica: no Brasil, ocorre no Centro-Oeste (Goiás), Norte (Tocantins), Nordeste (Bahia) e Sudeste – Minas Gerais (Bittrich, 2012).
Ambiente: em Goiás e Tocantins tem ocorrência no cerrado sentido restrito e campo rupestre.
Fenologia: coletada com flores de julho a maio. Coletada com frutos de julho a maio. A maior concentração de floração é de setembro a dezembro e a de frutificação de fevereiro a maio.
Comentários: Kielmeyera petiolaris diferencia-se de K. lathrophyton Saddi por apresentar pecíolos menores entre 15-35(-40)mm, as lâminas foliares serem oblongas a oblongo-elípticas e os ramos não possuírem desprendimentos – enquanto que em K. petiolaris os ramos desprendem lâminas papiráceas (Saddi, 1982, 1987).
Fonte: ALKIMIM, W. de O. Calophyllaceae J. Agardh em Goiás e Tocantins & Hypericaceae Juss. no Distrito Federal, Brasil. 136f, il. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2014.