Arbustos 5-7m, glabros; ramos cilíndricos, mais ou menos suberizados, acinzentados, marrons a pretos.
Pecíolo (20-)25-45mm, delicado, muitas vezes curvo, margens involutas; lâmina coriácea, castanho a castanho-amarelada, face adaxial escrobiculada in sicco, elíptica a oblonga, 6,5-10(-14)×2,7-4,4(-5)cm, ápice subagudo a agudo, recurvado, base cuneada, decorrente; nervura central imersa na face adaxial, carenada na face abaxial; nervuras secundárias salientes em ambas as faces, distantes entre si 4-6mm, abaxialmente com linha escura, nervuras terciárias formando retículo denso, saliente em ambas as faces.
Inflorescência em racemo ou panícula, corimbiforme; pedicelo 8-20mm. Flores 7-8,5cm diâm., odor doce e forte;
sépalas ovais, 7-9×6-8mm, ápice agudo, às vezes plicado, cuculado ou revoluto, margens não ciliadas, não hialinas,
às vezes revolutas; pétalas brancas, glabras, margem lobada ou incisa; estames 6-14mm, anteras oblongo-retangulares, ca. 1mm, finamente papilosas, tecas não loceladas, glândula apical; ovário glabro.
Fruto até 12cm, ruguloso, glabro.
Só conhecida na Serra do Mar de São Paulo. E7, E8, E9: Mata Atlântica. Coletada com flores de agosto até março, com frutos de maio até novembro.
A separação entre K. decipiens, K. lathrophyton e K. petiolaris é difícil, havendo a necessidade de mais estudos. Yamamoto et al. 17657, aqui incluída em K. decipiens, foi identificada por Saddi (in schedula) como K. lathrophyton. Talvez uma redução ao nível de subespécie seria mais adequada.
Fonte: BITTRICH, V. Clusiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 45-62, 2003.