Epífita ou rupícola, 12-20 cm alt.; caule inconspícuo.
Folhas 6,5-19 cm compr., alternoespiraladas, congestas, eretas, as senis patentes a reflexas, às vezes secundas, lepidotas; bainha castanho-clara 0,5-0,9×1-1,2 cm, transversalmente elíptica; lâmina verde a cinérea, 6-17,5×0,2-0,5 cm, estreito-triangular, ápice longo-acuminado. Escapo 6-9(-11) cm, ereto a levemente recurvo; brácteas escapais róseas, 2,7-8,2×0,8-1,2 cm, ovadas a elípticas, ápice aristado, imbricadas, as proximais foliáceas, lepidotas.
Inflorescência 2,7-7,5×2-3 cm de diâm., globosa a subglobosa, geralmente densa, simples; brácteas florais róseas, alvo-esverdeadas na senescência, 1,0-2,6×0,9-1,4 cm, elípticas, as proximais com ápice longo-aristado, as distais com
ápice agudo, apiculado, em geral lepidotas apenas no ápice, ultrapassando as sépalas. Flores 1,5-2 cm compr., polísticas; sépalas róseo-claras, 0,7-1,3×0,3 cm, lanceoladas a ovadas, ápice agudo a acuminado, membranáceas, carenadas, curto-conatas, glabras; pétalas roxas a róseo-escuras, 1,2-2,1×0,2-0,3 cm, espatuladas, ápice obtuso; estames livres, inclusos, filetes plicados, anteras basifixas.
Frutos 3,8 cm compr.
Sementes cerca de 3 cm.
Tillandsia stricta var. stricta ocorre na Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname, Paraguai, Uruguai, norte da Argentina e no Brasil (Smith & Downs 1977), no Centro-Oeste e Sudeste e parte do Sul (PR, RS) e do Nordeste (CE, PB, PE, BA, AL, SE), em Cerrado e Mata Atlântica (Forzza et al. 2010). Apresenta ampla distribuição na ASEPB, sendo encontrada em todas as formações vegetais. É frequentemente epífita, mas pode ocorrer como rupícola nos afloramentos rochosos dos Campos de Altitude. Coffani-Nunes et al. (2010) só encontram indivíduos epífitos para a Serra do Cipó. Indivíduos com características intermediárias entre T. stricta e T. tenuifolia foram vistos nos locais onde as espécies são simpátricas. O pico de floração de T. stricta var. stricta variou entre outubro e dezembro, embora tenham sido coletados indivíduos em florescimento em janeiro e de abril a setembro. Indivíduos com cápsulas abertas e contendo sementes foram coletados em abril, maio e agosto.
Fonte: ROSA, A. E. M & MONTEIRO, R. Bromeliaceae na Apa Santuário Ecológico da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 5-21, 2012.