Bromeliaceae – Encholirium luxor

Rupícolas ou terrícolas, algumas vezes forma grandes touceiras; caule robusto, com ramificações laterais.

Folhas eretas a patentes; bainha 6×6-9cm; lâmina verde-escura a cinérea, 35-78×6cm, margem aculeada, acúleos 0,2-0,6cm. Pedúnculo verde, 70-120cm, glabro; brácteas vináceas na base, 8-24cm, as medianas maiores e as superiores menores que os entrenós, triangulares a lanceoladas, lepidotas, margem aculeada a inteira, ápice agudo a aristado.

Inflorescência simples, 45-85cm, multi-flora, laxa a subcongesta; raque verde, glabra. Brácteas florais verdes ou vináceas, 0,9-1,5cm, menores que os pedicelos, estramíneas, lanceoladas a ovais, margem inteira, ápice agudo a
acuminado. Flores 2,5-3,5cm, patentes a suberetas, pediceladas; pedicelo verde, 1-1,4cm, glabro; sépalas verdes, 1,3-1,5cm, ovais, não sobrepostas, glabras, margem inteira, ápice arredondado a apiculado; pétalas verdes, 2,5-3,3cm, elípticas, glabras, não imbricadas, margem inteira, ápice agudo a obtuso; estames exsertos da corola, 2,3-2,7cm; filetes conatos; hipanto reduzido; ovário 0,8-1,2cm; estilete 0,9-1,3cm, exserto.

Frutos castanho, 2,2-2,5cm, cálice, corola e estames persistentes; sementes aladas, 0,2-0,3cm, alas arredondadas.

É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados de Goiás, Tocantins e Minas Gerais e no Distrito Federal (Forzza 2005, Flora do Brasil 2020 em construção). Esta espécie ocorre nos afloramentos de calcário e alguns indivíduos ocorrem em ambiente sombreados e úmidos, diferente de outras espécies deste gênero que são típicas por ocorrerem em locais abertos e ensolarados (Forzza 2005). Encontrada com flores em julho e setembro, e com frutos em maio.

Encholirium piresianum L.B. Sm. & Read foi considerado sinônimo de E. luxor por Forzza (2005), que verificou não haver nenhum outro caráter morfológico que as sustentassem como espécies distintas além da coloração das flores, atro-vináceas nas populações de Goiás e Distrito Federal (E. piresianum) e verdes nas populações de Minas Gerais (E. luxor). As medidas do pedúnculo, inflorescência, ovário e estilete foram baseados em Forzza (2005).

Fonte: ARAÚJO, C. C. de. Bromeliaceae Juss. no Distrito Federal (Brasil). 122p. il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2016.

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