RUPÍCOLAS ou terrestres, 30–40 cm alt. ROSETA aberta, não formando tanque.
FOLHAS membranáceas, eretas a recurvas, densamente lepidotas; bainha estreito-oval, 5,5–6,6 cm compr., 2,3–3 cm larg., castanha, inteira; lâmina linear a lanceolada, ápice acuminado, 34–58 cm compr., 1,5–2 cm larg., canaliculada, verdeacinzentada, margem inteira. ESCAPO desenvolvido, ultrapassando a roseta foliar, 25–36 cm compr., 0,2–0,3 cm diâm., esverdeado, alvo-lanuginoso; brácteas lanceoladas, ápice atenuado, 6–18 cm compr., as superiores mais curtas e com margem esparsamente serrilhadas, verde-acinzentadas, densamente lepidotas, imbricadas.
INFLORESCÊNCIA composta, subglobosa, 3–6 cm compr.; brácteas involucrais oval-lanceoladas, 1,5–4 cm compr., 0,8–1,5 cm larg., verdes, densamente lepidotas, margem inteira a inconspicuamente serrilhada; brácteas florais ovais, ápice agudo, apiculado, mais curtas que as sépalas, 0,8–1 cm compr., 0,8–1 cm larg., verdes, margem inteira a inconspicuamente serrilhada, lepidotas na face abaxial. FLORES sésseis, ca. 2,5 cm compr.; sépalas assimétricas, oblongas, ápice agudo, acuminado, ca. 1 cm compr., ca. 0,4 cm larg., conatas na base ca. 2 mm, margem inteira; pétalas espatuladas, suberetas a quase patentes na antese, alvas; ovário elipsóide, 0,5–0,9 cm compr.
FRUTO elipsóide, ca. 1,5 cm compr.; sementes ca. 1 mm compr.
Ocorrência restrita ao Estado de Minas Gerais. O gênero monotípico Eduandrea foi originalmente descrito como Quesnelia selloana Baker (1889), baseado na coleção de Friedrich Sello 1414, depositado no Herbário de Berlim (B). Posteriormente, Mez (1896) estabeleceu o gênero Andrea, abrigando esta única espécie, tendo a mesma permanecido até recentemente nesse gênero. Entretanto, Pereira & Leme (1986) transferiram a espécie para Nidularium subgênero Canistropsis em função da presença de escapo desenvolvido na espécie, característica típica deste subgênero. Alguns anos depois, Leme (1998) ao elevar Canistropsis ao status de gênero, propõe a nova combinação Canistropsis selloana (Baker) Leme. Entretanto, Leme et al. (2008) verificando que Andrea era um nome supérfluo, propôs o novo nome Eduandrea para o gênero, proposta aprovada no Congresso Internacional de Botânica, realizado em Viena em 2006. Coletada com flores em março, maio e julho.
Fonte: SANTOS, A. L. dos. Bromelioideae (Bromeliaceae) na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil. 78f.il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2009.