Terrestre ou saxícola, cerca de 42 cm alt. Roseta infundibuliforme.
Folhas 8-15 cm compr., alterno-espiraladas, congestas; bainha castanho-clara, 2-2,5×3-3,5 cm, suborbicular, margens com diminutos espinhos próximos da transição com a lâmina, lepidota em direção ao ápice; lâmina cinérea, 6,6-13×0,5-0,9 cm, estreito-triangular, ápice pungente, densamente lepidota na face abaxial, margens espinescentes,
espinhos cerca de 0,5-1 mm compr., antrorsos. Escapo verde a castanho-avermelhado, 30-32 cm compr., lepidoto, ereto, axilar; brácteas escapais estramíneas, 2,3-3,1×1 cm, ovadas, ápice longoacuminado, lepidotas, excedendo os entrenós, margens serrilhadas.
Inflorescência 13-20×3,2-3,5 cm de diâm., simples, laxa, raque glabra ou lepidota; brácteas florais estramíneas, 1,5-1,7×0,9-1,1 cm, ovadas, ápice longo-acuminado, patentes a reflexas na antese, semelhantes às do escapo, decorrentes,
lepidotas, as proximais ultrapassando as flores, as distais igualando-as, carenadas, margens serrilhadas. Flores cerca de 2 cm compr, polísticas, patentes, pediceladas, pedicelo cerca de 3-5 mm; sépalas alaranjadas a avermelhadas, 0,6-1,2×0,6-0,7 cm, ovadas, ápice agudo, esparsamente lepidotas, carenadas; pétalas alaranjadas, 1,4×0,8 cm,
obtruladas, levemente carenadas, filetes conatos entre si até ½ do comprimento, conatos cerca de 2 mm com as pétalas, formando anel pétalo-estamínico, estames inclusos, anteras dorsifixas.
Frutos 1,8 cm compr.
Sementes não vistas.
Dyckia minarum ocorre exclusivamente no Brasil, em Minas Gerais, Goiás, São Paulo (Smith & Downs 1974, Forzza et al. 2010) e Paraná (material adicional), em Cerrado e Mata Atlântica (Forzza et al. 2010). É pouco frequente na ASEPB, estando restrita à primeira plataforma rochosa da Pedra Branca, a 1600m, nos Campos de Altitude. Geralmente cresce sobre pequena quantidade de material particulado oriundo da decomposição da rocha ou concorrendo com gramíneas que a encobrem quase totalmente na fase vegetativa. Foi descrita com base em coletas de Regnell em Caldas. Floresce em outubro e foi coletada com frutos secos, já sem sementes em junho. Na ASEPB, a população de Dyckia minarum merece atenção especial, já que é exclusiva da área mais acessível dos Campos de Altitude, onde sofre pressão antrópica e compete com gramíneas invasoras.
Fonte: ROSA, A. E. M & MONTEIRO, R. Bromeliaceae na Apa Santuário Ecológico da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 5-21, 2012.