Terrestre, cerca de 1,30 m alt. Roseta infundibuliforme.
Folhas verdes, as centrais avermelhadas na fase reprodutiva, 2,17 cm compr., alterno-espiraladas, congestas; bainha coberta por escamas marrons, 7,2×5,5 cm, largo-elíptica, margens serrilhadas; lâmina 2,10×1,7 cm, linear-triangular,
ápice pungente, margens com espinhos castanhos, 5-6 mm compr., retrorsos na base e antrorsos para o ápice. Escapo cerca de 22 cm compr., brácteas escapais foliáceas, margens serrilhadas.
Inflorescência 32×17 cm de diâm., composta, raque ferrugínea, flores não vistas.
Frutos imaturos 4 cm.
Sementes não vistas.
Bromelia regnellii ocorre em Minas Gerais e Goiás (Smith & Downs 1979) em Cerrado e Mata Atlântica (Forzza et al. 2010). Na ASEPB, ocorre como terrestre, formando extensas colônias, em fragmentos de FESM e nos Cerradões, entre 1000 e 1500m de altitude. Está ausente nos Campos de Altitude e FESA. A espécie tem Caldas como localidade típica, tendo sido descrita com base em exsicatas de Regnell. De acordo com Smith e Downs (1979), floresce em novembro. No primeiro ano de coleta na ASEPB, talvez pela existência de inverno atipicamente chuvoso, nenhum indivíduo fértil foi coletado. Em novembro e dezembro do ano seguinte, foram encontrados somente espécimes em frutificação. Apesar dos poucos registros para a espécie, Bromelia regnellii é bastante comum na ASEPB. Coletas
posteriores na área de estudo e proximidades deverão ampliar os conhecimentos sobre sua distribuição.
Fonte: ROSA, A. E. M & MONTEIRO, R. Bromeliaceae na Apa Santuário Ecológico da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 5-21, 2012.