Terrícolas.
Folhas alargadas, eretas, suberetas, patentes quando em floração; bainha 3-10×2,5-5,3cm, lepidota, margem aculeada; lâmina verde, as mais internas com base avermelhada, 62-95,5×2,5-3cm, linear-lanceolada, lepidota adaxialmente, margem aculeada, acúleos antrorsos e retrorsos, 0,1-0,8cm, ápice longo-atenuado, pungente. Pedúnculo ca.15cm, ereto; brácteas 9-44×2,5-5,5cm, semelhantes às folhas, imbricadas, cobrindo o pedúnculo.
Inflorescência 7-8cm, globosa, congesta, ramos densamente dispostos, encobrindo a raque, entrenós da raque indistintos, encerrados nas brácteas primárias; brácteas primárias alvas à róseas no ápice, 4,3-5,2×2cm, orbiculares a ovais, lepidotas, margem serrilhada, ápice longo-aristado a mucronado. Brácteas florais alvas, 4-4,2×1,5cm, largo-elípticas, ápice agudo, lepidotas, menores ou alcançando as sépalas. Flores 5,3-5,5cm; sépalas alvas, 2-2,6cm, lanceoladas, levemente carenadas, lepidotas, ápice agudo; pétalas magentas, margens alvas, 3,3-3,6cm, espatulada, conatas na metade basal, ápice obtuso; estames 3,3cm, filetes adnatos às pétalas no 2/3 basal, anteras amarelas, dorsifixas; ovário 1,5-2cm, densamente lepidoto, estilete 2cm, estigma 0,5cm, espiral-conduplicado.
Frutos não vistos.
É endêmica do Brasil, onde ocorre no estado de Goiás e no Distrito Federal (Flora do Brasil 2020 em construção). Espécie comum no Distrito Federal, encontrada em grande parte das localidades, geralmente simpátrica à B. glaziovii, em geral nas fitofisionomias savânicas e em sua transição com as florestais. Geralmente forma populações de poucos indivíduos. Encontrada com flores em março, outubro a dezembro.
Bromelia goyazensis e B. glaziovii são espécies muito semelhantes morfologicamente, podendo ser facilmente confundidas. Observa-se a sobreposição de alguns caracteres como o tamanho do pedúnculo, forma da inflorescência e tamanho da bráctea floral em relação à sépala. As formas das brácteas e das sépalas também são destacadas nas obras originais de ambas as espécies como caracteres diagnósticos. Entretanto, a partir da análise do material disponível, observou-se sobreposições dessas características (conforme tabela 3), sendo, portanto, pouco consistentes para distinção entre as espécies. A coleta Araújo 48 exemplifica esta sobreposição. Ambas foram descritas pelo mesmo autor na mesma obra, e pela sobreposição de caracteres observada no material consultado,
é possível que as duas espécies sejam sinônimos, não sendo possível a confirmação no presente trabalho.
Fonte: ARAÚJO, C. C. de. Bromeliaceae Juss. no Distrito Federal (Brasil). 122p. il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2016.