EPÍFITAS, rupícolas ou terrestres, 45–65 cm alt. ROSETA infundibuliforme.
FOLHAS coriáceas, lepidotas; bainha estreito-elíptica a elíptica, 12–15,5 cm compr., 7–10 cm larg., arroxeada, inteira; lâmina linear, ápice agudo ou obtuso, apiculado, 31–37 cm compr., 2,3–3,3 cm larg., verde, margem espinescente, espinhos antrorsos. ESCAPO 51,5–61 cm compr., 0,3 cm diâm., rosado, densamente alvo-lanuginoso; brácteas elípticas, ápice acuminado ou agudo, 3,5–9 cm compr., as internas mais curtas, ascendentes ao longo de todo o escapo em direção ao ápice, as inferiores não ultrapassando os entrenós, vistosas, róseas, inteiras, imbricadas,
lepidotas.
INFLORESCÊNCIA simples, ereta, congesta, estrobiliforme, 4–5,5 cm compr., alvo lanuginosa; brácteas florais levemente assimétricas, largamente ovais, ápice truncado a emarginado, mucronado, mais curtas que as sépalas, 0,8–1,2 cm compr., 1,2–2 cm larg., encobertas até a metade pela lanugem, castanhas, margem inteira, densamente alvo-lanuginosas.
FLORES sésseis, 1,8–2 cm compr.; sépalas assimétricas, oblongas, ápice emarginado, ca. 0,8 cm compr., ca. 0,4 cm larg., conatas ca. 3mm., margem inteira; pétalas eretas com ápice cuculado na antese, espatuladas, ápice obtuso, 1,3–1,5 cm compr., 0,4–0,5 cm larg., amarelas; apêndices petalinos fimbriados; estames 0,9–1,3 cm compr.; ovário ca. 0,5 cm compr.
FRUTO não visto.
Ocorre no Brasil, da Bahia até o Rio de Janeiro. Aechmea lamarchei, principalmente quando analisados os materiais herborizados, assemelha-se à A. bromeliifolia, diferenciando-se desta por apresentar a inflorescência menor, com até 5,5 cm compr., flores amarelas vistosas e brácteas florais largamente ovais com ápice truncado a emarginado e mucronado.
Faria (2006), refere-se sobre afinidades entre A. lamarchei e A. bromeliifolia, mas cita que a primeira espécie assemelha-se à A. chlorophylla L.B. Sm. e A. maculata L.B. Sm., espécies consideradas afins de A. bromeliifolia por Smith (1955). Coletada com flores de maio a julho.
Fonte: SANTOS, A. L. dos. Bromelioideae (Bromeliaceae) na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil. 78f.il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2009.