Arbusto xilopodífero, 0,5–1,5 m alt. Ramos cilíndricos, sólidos, densamente vilosos, levemente estriados, estrias não destacáveis, lenticelas esparsas. Profilos triangulares, densamente vilosos.
Folhas 2-pinadas, pecíolos 1–1,5 cm compr., foliólulos sésseis, lâmina foliolar de 2ª ordem 1–1,5 × ca. 0,5 cm, discolor, coriácea, ovada, levemente lanceolada, bulada, base oblíqua, ápice agudo, margem inteira, revoluta, face adaxial vilosa, face abaxial densamente vilosa, domácias tipo bolso esparsas, densamente vilosas, pontuações pelúcidas ausentes, 5–7 pares de nervuras secundárias.
Inflorescência tirsóide, axilar, ca. 10 cm compr.; cálice 3–4 × 1–2 mm, vináceo, tubuloso, conspicuamente 5-lobado, externamente viloso, internamente glanduloso-viloso; corola ca. 40 × 10 mm, vinácea, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externamente glanduloso-vilosa, internamente esparsamente vilosa, lobos 5–6 × 5–6 mm, inserção dos estames vilosa; estames inclusos, anteras retas, estaminódio maior que os estames férteis; ovário ca. 8 × 2 mm, ovóide, achatado, estilete ca. 25 mm compr., filiforme, estigma lanceolado; disco nectarífero ca. 1,5 × 2,5 mm, aneliforme.
Cápsula 2,5–3,5 × 1,5–2,5 cm, esverdeada a amarronzada, ovada, levemente elíptica, lenhosa.
É encontrada em cerrado rupestre e campo rupestre. Coletada com flores em janeiro, outubro e dezembro e com frutos em janeiro, abril, maio, novembro e dezembro. Diferencia-se das demais espécies do gênero na área pelos folíolos de 2ª ordem bulados, discolores e densamente vilosos (Gentry 1992).
Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.