Bignoniaceae – Handroanthus ochraceus

Pequena árvore, ca. 2 m alt. Caule cilíndrico, sólido, ramos apicais densamente dendríticos, mais basais esparsamente dendrítico-puberulentos, esparsamente vilosos nos nós, glabrescentes, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas presentes. Profilos arredondados, vilosos.

Folhas digitadas, 3–5-folioladas, gavinhas ausentes, pecíolos 3,5–4,5 cm compr., peciólulos 0,2–2 cm compr., lâmina foliolar 7–8,5 × 4 cm, concolor, coriácea, ovada, base oblíqua, ápice acuminado, margem inteira, face adaxial glabrescente, face abaxial dendrítico-pubescente, domácias tipo bolso entre as nervuras primária e secundárias, densamente dendríticas, pontuações pelúcidas ausentes, 8 pares de nervuras secundárias.

Inflorescência botrióide, terminal, ca. 10 cm compr., globosa; cálice ca. 10 × 8 mm, marrom-esverdeado, tubuloso, levemente 5-lobado, externa e internamente glandulosoviloso, tricomas dendríticos; corola ca. 6 × 1,5 cm, amarela, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externamente glanduloso-vilosa, tricomas dendríticos, internamente vilosa, lobos 7,5–10,5 × 11,5–14,5 mm, inserção dos estames glabra; estames inclusos, anteras retas, pólen em mônades,
estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 3,5 × 2 mm, linear-oblongo, estilete ca. 25 mm compr., filiforme, estigma lanceolado; disco nectarífero ca. 1,5 × 3,5 mm, aneliforme.

Frutos não vistos.

Coletada com flores em junho. Diferencia-se das demais espécies da área por apresentar tricomas dendríticos nos ramos, na face abaxial dos folíolos, no cálice e corola, além de inflorescência globosa (Fig. 2f) (Scudeller 2004).

Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.

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