Lianas; ramos cilíndricos, glabro; profilos da gema axilar triangulares, não-foliáceos, glabrescentes, ≤ 7 mm compr.
Folhas 3- ou 2-folioladas com folíolo terminal modificado em gavinha simples, não-uncinada; pecíolos 2,1–6,1
cm compr.; peciólulos 0,6–1,9 cm compr.; folíolos 5,1–11,8 × 3–4,1 cm, elípticos, ovados a obovados, lepidotos em ambas faces, com domáceas pilosas nas axilas da nervura principal na face abaxial, com glândulas pateliformes esparsos, concolores, ápice acuminado, base oblíqua a simétrica, margem plana.
Inflorescência com brácteas < 5 mm compr., sem glândulas, densamente lepidotas. Cálice urceolado, cartáceo, 5-denticulado, cobrindo ¾ do comprimento da corola, denso–lepidoto; corola vermelha, ca. 2,2 × 0,3 cm, tubular, pubescente, com tricomas simples, lobos 0,3–0,4 × 0,3–0,5 cm; estames inclusos, filetes maiores ca. 1,4 cm, filetes
menores ca. 1,3 cm compr., estaminódio ca. 3 mm compr.; disco nectarífero cupular; ovário elíptico, liso, lepidoto, estilete ca. 1 cm compr., estigma ca. 0,5 × 1,2 mm.
Cápsula oblongo–linear, achatada, 20,5–24,5 × 0,8–1,1 cm, lisa; sementes com alas hialinas.
Fridericia speciosa foi coletada com flores em dezembro, janeiro, fevereiro e julho. Esta espécie pode ser reconhecida pelas flores com corola vermelha e cálice urceolado, cobrindo ¾ do comprimento da corola. É endêmica do Brasil,
onde é encontrada em florestas (Lohmann & Taylor 2014), áreas de cerrado, campos rochosos e capoeiras. Ocorre nas Regiões Nordeste (BA), Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR) (Lohmann 2010). No PARNA Itatiaia foi coletada em floresta com altitudes até 700 m, crescendo na borda de floresta úmida e na beira de estradas.
Fonte: REICHE, A. P.; MANSANO, V. de. F.; HEIDEN, G. & LOHMANN, L. G. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 24, 2020.