Arbusto, ca. 1,5 m alt. Ramos cilíndricos, sólidos, glandulosos, estriados, lenticelas presentes. Profilos inconspícuos. Folhas 2-folioladas, gavinhas ausentes, discos adesivos ausentes, pecíolos 1-5 cm compr., peciólulos 1-3 cm compr., lâmina foliolar 3,8-9,6 × 1,7-5,5 cm, concolor, cartácea, elíptica, base cuneada, ápice cuspidado, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial esparso vilosa apenas na nervura primária, domácias membranáceas nas axilas das nervuras secundárias com a primária, 5-8 pares de nervuras secundárias, peninérveas. Tirso terminal, 6-7 cm compr.; cálice ca. 3 × 2 mm, verde, campanulado, 5-denticulado, externamente denso tomentoso, glândulas pateliformes ausentes, internamente glabro; corola ca. 6 × 4 mm, branca, infundibuliforme, tubo reto, externamente denso tomentosa, internamente glabra, lobos 4-5 × 4-5 mm, inserção dos estames vilosa; estames inclusos, estaminódio menor que os estames; ovário tubuloso, estilete ca. 8 mm compr., estigma bipartido; disco nectarífero aneliforme. Síliqua 14-17,5 × 0,8-0,9 cm, verde escuro, elíptico-lanceolada, regular, glabra. Semente 8-13 × 5-6 mm, alada.
Gênero nativo do Brasil com 59 espécies. Fridericia florida ocorre nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal (Lohmann 2015).
Encontrada em cerrado sensu stricto da Reserva do Clube Caça e Pesca Itororó Uberlândia, onde é pouco frequente.
Caracteriza-se pelas folhas 2-folioladas (figura 7 b) e flores pequenas com a corola medindo aproximadamente o dobro do comprimento do cálice (figura 7 c). Segundo Rodrigues (2012), vegetativamente, Fridericia florida pode ser
reconhecida pela presença de glândulas nos ramos (figura 7 a).
Fonte: DUARTE, D. V. & ROMERO, R. Bignoniaceae na Reserva do Clube Caça e Pesca Itororó, Uberlândia, MG, Brasil. Rev. Hoehnea, n. 47, e. 1062019, p. 23, 10. il, 2020.