Bignoniaceae – Amphilophium crucigerum

Lianas; ramos hexagonais, glabros; profilos da gema axilar ovais, foliáceos, tomentosos, 5–9 mm compr., sem glândulas.

Folhas 3- ou 2-folioladas com o folíolo terminal modificado em uma gavinha multífida; pecíolos 5,8–6 cm compr.;
peciólulos 2,9–1,6 cm compr.; folíolos 6,6–7,2 × 4,3–5,3 cm, ovados, lepidotos na face adaxial, com glândulas pateliformes esparsas em ambas as faces, discolores, ápice acuminado, base cordada, margem plana.

Inflorescência com brácteas < 0,5 cm compr., sem glândulas, estrigosas. Cálice campanulado, carnoso, 5-denteado, velutino; corola branca a amarela, ca. 4,1 × 1,1 cm, infundibuliforme, vilosa, com tricomas simples externamente, lobos ca. 1,7 × 1,3 cm; estames inclusos, filetes maiores ca. 2 cm, filetes menores ca. 1,5 cm compr., estaminódio ca. 2,1 cm compr.; disco nectarífero anelar; ovário elíptico, liso, estilete ca. 2,9 cm compr., estigma ca. 2,5 mm compr.

Cápsula séssil, inflada, 17,3–19,5 × 5,4–5,8 cm, equinada; sementes com alas hialinas.

Amphilophium crucigerum foi coletado no PARNA Itatiaia com flores em dezembro e janeiro e frutos em outubro. Esta espécie pode ser identificada pela cápsula equinada e cálice carnoso. Ocorre em florestas semi-decíduas do México até a Argentina (Lohmann & Taylor 2014). No Brasil ocorre nas rsegiões Norte (RR, AP, PA, AM, TO, AC, RO), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE), Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS0, Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR, SC, RS) (Lohmann, 2010). No PARNA Itatiaia foi encontrada na beira da estrada a cerca de 100 alt., em área dominada por floresta densa.

Fonte: REICHE, A. P.; MANSANO, V. de. F.; HEIDEN, G. & LOHMANN, L. G. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 24, 2020.

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