Bignoniaceae – Adenocalymma peregrinum

Arbusto escandente, ca. 1,5 m alt. Ramos cilíndricos, sólidos, vilosos, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas presentes. Profilos foliáceos, linear-elípticos, glândulas pateliformes presentes.

Folhas pinadas, imparipinadas, gavinhas presentes, pecíolos 2,5–3 cm compr., folíolos subsesséis, peciólulos ca. 0,2 cm compr., lâmina foliolar 5–7 × 2–3,5 cm, concolor, cartácea, linear-elíptica, base atenuada, ápice acuminado, margem inteira, ambas as faces glandulosas, aspecto furfuráceo, domácias e pontuações pelúcidas ausentes, 7–8 pares de nervuras secundárias.

Inflorescência axilar, ca. 10 cm compr.; cálice ca. 17 × 6 mm, verde, tubuloso, bilabiado, cobrindo a base do tubo da corola, externa e internamente lepidoto, glândulas pateliformes ausentes; corola ca. 40 × 7 mm, amarela, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externamente esparsamente glanduloso-viloso, internamente esparsamente glanduloso, lobos 7–10 × 9–10,5 mm, inserção dos estames vilosa; estames geralmente inclusos, anteras retas, pólen em mônades, estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 4 × 0,8 mm, tubuloso, estilete ca. 35 mm compr., filiforme, estigma rômbico; disco nectarífero ca. 1 × 2 mm, aneliforme.

Frutos não vistos.

É encontrada em cerrado sensu estrito. Coletada com flores em maio e outubro. Diferenciase das demais espécies de Adenocalymma da área pela presença de profilos foliáceos, linearelípticos, com glândulas pateliformes em ambas as faces, folhas pinadas, imparipinadas, ausência de glândulas pateliformes no cálice, bem como cálice cobrindo a base do tubo da corola (Fig. 1c).

Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.

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