Liana. Ramos cilíndricos, sólidos, esparsamente vilosos, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas presentes. Profilos bem desenvolvidos, triangulares, glândulas pateliformes presentes.
Folhas 2-folioladas, gavinhas simples presente, pecíolos 1,2–2 cm compr., peciólulos ca. 1 cm compr., lâmina foliolar 2,5–10 × 0,5–2 cm, concolor, cartácea, ovado-lanceolada, base obtusa, ápice agudo, margem inteira, face adaxial
esparsamente vilosa, face abaxial glabra, domácias e pontuações pelúcidas ausentes, 10 pares de nervuras secundárias. Racemo axilar, ca. 8 cm compr.; cálice ca. 10 × 5 mm, verde, tubuloso, 5-lobado, externamente viloso, grupo de glândulas pateliformes próximo ao ápice de cada sépala, internamente glanduloso-viloso; corola ca. 50
× 10 mm, amarela, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externamente vilosa, internamente glanduloso-vilosa, lobos 7–10 × 8–9 mm; inserção dos estames vilosa; estames geralmente inclusos, anteras retas, pólen em mônades, estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 3,5 × 1 mm, tubuloso, estilete ca. 40 mm compr., filiforme,
estigma rômbico; disco nectarífero ca. 1 × 2,5 mm, aneliforme.
Frutos não vistos.
É encontrada em mata ciliar. Coletada com flores em julho. Diferencia-se das demais espécies de Adenocalymma da área pelas folhas 2-folioladas e presença de glândulas pateliformes no cálice (Fig. 1a).
Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.