Asteraceae – Mikania oblongifolia

Arbustos, 1,2 m alt., eretos. Ramo cilíndrico, multicostado, glabro. Folhas opostas, sésseis; lâminas 9,9–49,2 mm compr., 2,2–18,2 mm larg., lanceoladas a estreito-elípticas, ápice arredondado, base decorrente, margem inteira, revoluta, ambas faces glabras, esparsamente glanduloso-pontoadas, vernicosas, camptódromas. Capitulescência em tirsos; capítulos com pedúnculo 1,1–3 mm compr., às vezes esparso-hirsuto; invólucro cilíndrico a estreitocampanulado, 5,4–7,2 mm compr., 1,9–3,6 mm larg.; bráctea subinvolucral lanceolada, ápice agudo, margem serrilhada; brácteas involucrais 5,6–7,8 mm compr., 1,1–1,5 mm larg., lanceoladas, ápice agudo, margem serrilhada, glabras. Receptáculo plano, glabro. Corola glabra, tubo 2,1–2,4 mm compr.; limbo 1,7–1,9 mm compr.; lacínias 0,6–1 mm compr. Anteras com base arredondada, apêndice apical curtamente ovado. Ramos do estilete lineares, mamilosos. Cipselas obcônicas, rostradas, 1,4–2 mm compr., 0,2–0,5 mm diâm., hirsutas; carpopódio simétrico, anelar. Pápus 4,5–5 mm compr., cerdas alaranjadas.

Mikania oblongifolia ocorre em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, em Cerrado e Mata Atlântica. Pode ser reconhecida por apresentar suas lâminas foliares lanceoladas a estreito-elípticas e vernicosas, venação camptódroma e cipselas rostradas. Assemelha-se à M. obtusata pela forma das lâminas (lanceoladas a elípticas) e indumento das mesmas (glabro). Podem ser diferenciadas pelo ápice das folhas, que em M.
obtusata pode ser agudo, atenuado ou obtuso (vs. arredondado em M. oblongifolia).

Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.

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