Asteraceae – Galinsoga parviflora

Erva prostrada, ca. 0,2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, estrigosos. Folhas inteiras, opostas, pecíolo ca. 0,3‑0,5 cm compr., lâmina 1,4‑2 × 1‑1,2 cm, lanceolada a deltóide, ápice agudo, margem levemente denteada, base atenuada, faces glanduloso-estrigosas, nervação acródroma. Capítulos radiados, dispostos em dicásios laxos, pedúnculo 0,6‑2,4 cm compr.; invólucro 3,8‑5,3 mm diam., campanulado; receptáculo convexo; páleas lanceoladas, glabras, ápice agudo; brácteas involucrais 2 séries, foliáceas, esverdeadas, externas ca. 1,7 × 1 mm, elípticas, glabras, ápice obtuso, internas ca. 3,4 × 1,7 mm, ovais, glabras, ápice agudo. Flores do raio 7, pistiladas, corola 2‑2,5 mm compr., liguliforme, branca, glabra, 4‑nervada. Flores do disco 21, monóclinas, corola 0,8‑1,3 mm compr., infundibuliforme, amarela, setosa; anteras marrons, ápice obtuso, base obtusa; estilete ca. 1,7 mm compr. Cipselas ca. 1,5 mm compr., obovadas, lisas, setosoglandulosas. Pápus ca. 1,5 mm compr., paleáceo, bege.

Espécie de origem subespontânea nativa da costa oeste da América do Sul (Lorenzi 2000). No PEB foi encontrada em áreas antropizadas, com flor e fruto em dezembro. De acordo com Nakajima et al. (2012a), ocorre nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, mas o presente levantamento bem como o de Almeida (2008), relataram a espécie para o Estado de Minas Gerais. Galinsoga parviflora é similar a Galinsonga quadriradiata Ruiz & Pav. que também ocorre no Brasil (Canne 1977). Porém, G. parviflora é distinta dessa última por seu indumento pouco piloso ou ausente (vs. densamente piloso), brácteas involucrais externas em número de 2 a 4 (vs. 1‑2), brácteas involucrais internas e páleas persistentes (vs. caducas) e fl ores do raio ausente ou quando presente
1,5(-2) mm compr. (vs. presente com 2,5 mm compr.) (Canne 1977). Galinsoga parvifl ora juntamente com Acanthospermum australe são as únicas espécies do PEB que possuem flor do raio branca, mas G. parvifl ora difere por suas cipselas lisas, as brácteas internas livres das cipselas e presença de pápus.

Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.

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