Arbusto, até 3m. Ramos estriados, lenticelas presentes, esparsamente setosos, glabrescentes, superfície esparsamente cerosa, cera caduca, mais clara no ápice dos ramos próximos aos capítulos, projeções espinescentes axilares, 8-26mm, retas, persistentes ou caducas. Folhas pecioladas, 2-4mm, caducas, lâmina 2,5-5,5(6,8)x1,5-2(3)cm, estreitamente obovada, elíptico-lanceolada, ápice apiculado, apículo caduco, base atenuada, margem inteira, ciliada, concolor, faces adaxial precocemente glabrescente, face abaxial vilosas, douradas, precocemente glabrescentes.
Inflorescência apical ou axilar, capítulos solitários, ou em panículas curtas, sésseis, folhas na base dos capítulos;
invólucro 2,4-3,8cm, largamente campanulado e turbinado, 12 seriado, ca. 80 brácteas, 3-24×3-6m, largamente ovadas, ovadas a lanceoladaa, esparsamente vilosas, glabrescentes, margem ciliada; receptáculo plano, paleáceo. Flores 50-60, 3cm, corola ligulada, com uma incisão profunda, cinco lobos unidos, ápice dos lobos externamente hirsuto, base do tubo internamente hirsuta, externamente glabra, apêndice basal curtamente sagitado, apêndice apical bilobado, ramos do estilete curtos, agudos, glabros. Cipsela cilíndrica, pápus de cerdas lineares. Esta espécie ocorre nos estados de Ceará, Minas Gerais e São Paulo. C6: em formações campestres de cerrado e na floresta ombrófila densa alto-montana no estado. Coletada com flores nos meses de julho a outubro.
Dasyphyllum sprengelianum é prontamente diferenciado das demais espécies pela grande quantidade de flores por capítulos, de 50 a 60, corola ligulada, com uma única incisão profunda, capítulo largamente campanulado a turbinado, ramos com superfície vernicosa, lâmina foliar estreitamente obovada e elípticolanceolada, 2,5 a 5,5, raramente 6,8 cm de comprimento e 1,5 até 2, raramente 3 cm de largura. Dasyphyllum sprengelianum é uma das espécies mais polimórficas do gênero e apresenta grande sobreposição de caracteres com D. candolleanum, D. latifolium e D. velutinum. O táxon possui duas variedades, D. sprengelianum var. sprengelianum e D. sprengelianum var. inerme (Gardner) Cabrera (Cabrera 1959), as quais não serão tratadas.
Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.