Erva, 10-45cm.
Folhas pecioladas, (0,2)1,5-4,5(7,5)cm, bainha evidente, lâmina (1,5)2,5-5(8,5)x0,4-1(2,3)cm, lanceolada, estreitamente lanceolada, elíptica e obovada, ápice agudo ou apiculado, base atenuada, margem runcinada, retrorsoserreada, revoluta, face adaxial esparsamente lanosa, glabrescente, face abaxial densamente alvo-panosa, nervura primária adaxialmente impressa, nervuras secundárias proeminentes, nervura primária abaxialmente proeminente, nervuras secundárias não evidentes, nervação eucampdódroma.
Inflorescência ereta, escapo 7-16(22)cm, densamente alvo-panoso, bracteado, brácteas estreitamente ovadas, lanosas, glabrescentes; capítulos radiados, 13-18mm, invólucro campanulado, 1-1,7cm, 5-6 seriado, ca. 30 brácteas, 0,7-1cm, lanceoladas, esparsamente alvo-lanosas, glabrescentes; receptáculo reto. Flores trimorfas, (20)34(60), unissexuais e bissexuais; flores do raio ca. 13, 1,1cm, corola ligulada, lígula trilobada, ramos do estilete cilíndricos, glabros; flores do disco marginais ca. 13, 0,7cm, ramos do estilete cilíndricos, glabros; flores do disco internas ca. 8, 7,4cm, corola tubulosa, pentalobada, com dois lobos mais profundos, tubo da corola sem constrição, ramos do estilete obtusos, papilosos. Cipsela rostrada, 10mm, rostro 5mm, 4-6 costado, glabra ou com papilas na base, pápus cerdoso.
Ocorre no norte da Bolívia, Paraguai, Uruguai Argentina e Brasil, ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. D8, E5, E7, F5: na floresta altomontana e nos campos de altitude. Foi
coletada em flor de maio a outubro.
Chaptalia runcinata é morfologicamente semelhante à C. mandonii. O pecíolo pode ser utilizado para diferenciar C. mandonii de C. runcinata, pois a primeira possui pecíolos variando de 1,5-3cm, enquanto a segunda apresenta
pecíolos curtos com até 7mm de comprimento. Alguns materiais de C. runcinata apresentam sobreposição de caracteres com C. mandonii, por exemplo no comprimento do rostro da cipsela e indumento papiloso espalhado por toda extensão do fruto. Mas outros caracteres como quantidade de costelas do fruto, margem foliar e nervura são úteis para solucionar este problema de sobreposição, ver comentário de C. mandonii. Estes materiais podem posteriormente ser considerados híbridos, ou ser somente um extremo da variação dentro da espécie ou mesmo ser um novo táxon. São necessárias coletas adicionais, que possibilitem estudos mais aprofundados. Aqui estes materiais
estão sendo considerados como um extremo da variação da espécie.
Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.