Subarbusto ereto ou arbusto, 0,6‑1 m alt., ramos cilíndricos, estriados, puberulento-vilosos. Folhas inteiras, opostas, subsésseis, pecíolo 0,13‑0,15 cm compr., lâmina 3,8‑4,2 × 2,6‑3,2 cm, oval, ápice agudo ou arredondado, margem serreada, base arredondada, às vezes atenuada, faces glandulosas, nervação reticulódroma. Capítulos radiados, dispostos em corimbos, pedúnculo 0,5‑1,5 cm compr.; invólucro 3‑3,1 mm diam., cilíndrico; receptáculo convexo; páleas elípticas, glandulosas, ápice arredondado; brácteas involucrais 3‑4 séries, foliáceas, castanhas, externas 2,9‑5,8 × 2,5‑3 mm, ovais, glandulosas, margem vilosa, ápice obtuso, internas 7‑10,5 × 2‑2,3 mm, elípticas, glandulosas, margem vilosa, ápice obtuso. Flores do raio 2, pistiladas, corola 5,6‑6,5 mm compr., liguliforme, amarela, face externa glandulosa, 5‑6‑nervada. Flores do disco 3‑4, monóclinas, corola 5,8‑6,4 mm compr., infundibuliforme, amarela, glabra; anteras amarelas, ápice obtuso, base sagitada; estilete 5,7‑7,5 mm compr. Cipselas 6,1‑7,7 mm compr., prismáticas, lisas, costas setosas. Pápus 2,4-3,5 mm compr., paleáceo, bege.
Espécie restrita ao Estado de Minas Gerais (Nakajima et al. 2012a). No Parque, C. oxylepis foi coletada em cerrado sensu stricto e campo rupestre com flor e fruto em março e abril. Segundo Urbatsch et al. (1986) C. oxylepis é distinta das outras espécie de Calea da seção Lemmatium por apresentar capítulos radiados, pápus livre e folhas sésseis ou subsésseis com um pecíolo menor que 3 mm de comprimento. Calea oxylepsis é distinta de todas as outras Calea do Parque por apresentar folhas ovais com base arredondada, nervação reticulada, pecíolos inconspícuos e folhas com faces glandulosas, 2 flores do raio e capítulos cilíndricos em corimbos.
Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.