Subarbusto ereto, 0,4 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, glabrescentes. Folhas pinatipartidas, 7‑9 folíolos, opostas, pecíolo 0,35‑0,8 cm compr., lâmina 2‑3,5 × 1,7‑1,9 cm, oval, ápice agudo a acuminado, margem serreada, base atenuada, faces esparsamente vilosas, nervação craspedódroma. Capítulos radiados dispostos em panículas laxas,
pedúnculo 14‑24,8 cm compr.; invólucro 7‑11,5 mm diam., campanulado; brácteas involucrais 2 séries, foliáceas, verdes ou marrons, ápice vináceo, externas ca. 0,8 × 3 mm, lineares, tomentoso-glandulares, ápice apiculado, internas 6,7 × 1,5 mm, lanceoladas, pubescentes, ápice apiculado; receptáculo plano; páleas lineares, glandulosas, ápice agudo. Flores do raio ca. 9, neutras, liguliformes, corola 9,7‑10,5 mm compr., amarela, glandulosa, 7‑nervada. Flores do disco 35‑38, monóclinas, corola 5,6‑6,5 mm compr., infundibuliforme, amarela, glandulosa; anteras negras, ápice agudo ou obtuso, base obtusa; estilete 5,2‑6,4 mm compr. Cipselas 8,7‑10,5 mm compr., fusiformes, recurvadas, lisas, glabras. Pápus 2,1‑3 mm compr., 4‑aristado, aristas retrorsas, castanhas.
A espécie ocorre nos Estados de Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Tocantins, Acre, Rondônia, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais (Nakajima et al. 2012a). De acordo com Sherff (1937) a espécie pode ser distinta das outras espécies de Bidens que ocorrem na América do Sul por possuir as cipselas recurvadas e quatro aristas. Além dessas características, esta espécie diferencia‑se das outras espécies de Bidens do PEB por possuir as folhas pinatipartidas.
Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.