Subarbusto prostrado, 0,2‑0,6 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, setosos a vilosos. Folhas inteiras, opostas, pecíolo 0,3‑0,6 cm compr., lâmina 4‑5,5 × 1,8‑2,8 cm, elíptica a oval, ápice agudo, raramente obtuso, margem levemente serreada, base aguda, raramente atenuada, faces setosas, nervação reticulódroma. Capítulos radiados, solitários,
pedúnculo 8,8‑19,2 cm compr.; invólucro 16‑23,5 mm diam., campanulado; receptáculo levemente convexo; páleas espatuladas, glabras, ápice arredondado; brácteas involucrais 2 séries, esquarrosas, foliáceas, verdes, externas 11‑16 × 5,5‑8 mm, oval-elípticas, setosas, ápice arredondado a levemente apiculado, internas 9,5‑15,3 × 5,8‑6,5 mm, oval-elípticas, setosas, ápice arredondado a levemente apiculado. Flores do raio 11‑12, neutras, corola 12,4‑25 mm compr.,
liguliforme, amarela, glabra, 2‑3‑nervada. Flores do disco 35‑56, monóclinas, corola 6‑7,5 mm compr., infundibuliforme, amarela, pubescente; anteras negras, ápice obtuso, base sagitada ou obtusa; estilete 7,2‑8 mm compr. Cipselas 2‑3 mm compr., obcônicas a cilíndricas, lisas, vilosas. Pápus 0,6‑1 mm compr., paleáceo, castanho.
Aspilia riedelii ocorre nos Estados do Ceará, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Nakajima et al. 2012a). No Parque, A.riedelii ocorre em campo rupestre e campo sujo. Coletada com flor e/ou fruto em maio e dezembro. Segundo Santos (2001) essa espécie tem afinidades com A.reflexa que não ocorre no Parque. Aspilia riedelli diferencia‑se por apresentar pecíolo e margem levemente dentada, enquanto A. reflexa apresenta folhas sésseis e folhas conspicuamente dentadas. A espécie é prontamente diferenciada das outras espécies de Aspilia do PEB pelo seu hábito prostrado, folhas elípticas a ovais, brácteas involucrais foliáceas e em duas séries, cipselas vilosas e pápus paleáceo.
Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.