Asteraceae – Aspilia foliosa

Subarbusto ereto ou arbusto, 0,5‑1,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, estrigosos. Folhas inteiras, opostas, sésseis a subsésseis, pecíolo 0,06‑0,09 cm compr., lâmina 2‑3,4 × 0,4‑0,5 cm, linear a lanceolada, ápice agudo, margem levemente revoluta, base arredondada, face adaxial estrigosa, face abaxial serícea, nervação craspedódroma. Capítulos radiados, solitários ou dispostos em corimbos, pedúnculo 0,37‑1,3 cm compr.; invólucro 8,8‑13 mm diam.,
campanulado ou cilíndrico-campanulado; receptáculo levemente convexo; páleas obovadas, glabras, ápice agudo; brácteas involucrais 3‑4 séries, adpressas a esquarrosas, escariosas, ápice verde, base marrom, externas 6,3‑6,8 × 3‑3,3 mm, ovais a elípticas, setosas, ápice obtuso, internas 6‑6,3 × 3‑3,3 mm, ovais a oblongas, setosas, ápice obtuso. Flores do raio 6‑9, neutras, corola 9,8‑12,6 mm compr., liguliforme, amarela, glabra, 2‑3‑nervada. Flores do disco 18‑26, monóclinas, corola 6,7‑7,6 mm compr., infundibuliforme, amarela, glabra, ápice viloso; anteras negras, ápice obtuso a agudo, base obtusa; estilete 9,7‑10,3 mm compr. Cipselas 4,8‑5,3 mm compr., obovadas, lisas, pubescentes.
Pápus 0,33‑0,5 mm compr., coroniforme, enegrecido.

A espécie é restrita ao Brasil e ocorre apenas nos Estados de Minas Gerais e Bahia (Nakajima et al. 2012a), e no PEB foi encontrada em campo rupestre, às vezes próxima a cursos d’água. Coletada com flor e frutos em fevereiro, março, maio, junho e setembro. Esta espécie é semelhante à Aspilia fruticosa, que também ocorre no PEB, mas difere apenas pela face foliar dorsal com indumento seríceo, que em A. fruticosa é denso-lanoso (Santos 2001). Além disso, o indumento do ramo também auxilia na diferenciação dessas duas espécies: A. foliosa apresenta ramos estrigosos enquanto A. fruticosa possui ramos vilosos.

Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.

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