Aristolochiaceae – Aristolochia pohliana

Plantas robustas; caules glabros; brotos arroxeados. Folhas com pseudoestípulas 15-35×13-30mm, orbiculares ou
cordiformes, membranáceas; pecíolo 3-12,5cm, glabro, base flexuosa; lâmina 5,5-13×6,5-11,5cm, cordiforme,
membranácea, base auriculada, ápice obtuso, raramente agudo, margem inteira, face adaxial glabra, abaxial
tomentosa.

Flores pouco vistosas, solitárias, bracteadas; pedúnculo 8-11,5cm, glabro; perigônio bilabiado, glabro, alvo-amarelado, veias e máculas vermelho-pálidas; utrículo comprimido no diâmetro mediano, 30-40×15-25mm; tubo
15-20×10-15mm; lábio inferior oval-lanceolado ou oblongo-lanceolado, 2,4-4×1,5-3cm, atenuado, carenado mucronado (4mm); superior com base linear de 5-60×5-15mm, cauda 30-45,5cm; ginostêmio subséssil, 7-10mm; anteras 6mm.

Cápsula 55×28mm, rostro 5mm; sementes 10-12×6-8mm.

Ocorre apenas em Minas Gerais e São Paulo, sendo bastante rara. C6, D6: cerrado, sendo que pode aparecer em meio a áreas cultivadas. Coletada com flores entre janeiro e julho; com frutos em julho. Utilização não encontrada.

Trata-se de uma espécie rara em São Paulo. É facilmente identificável pelas flores cujo perigônio é bilabiado, sendo o inferior bem desenvolvido (semelhante ao de A. esperanzae) e o superior caudiforme (como em A. paulistana e A. macroura).

Quanto ao hábito assemelha-se a A. esperanzae.

Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.

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