Plantas volúveis, robustas; ramos glabros ou com tricomas isolados, mais abundantes em partes jovens e nós. Folhas
com pseudoestípulas 1-3cm, elíptico-cordadas, membranáceas, margens ciliadas; pecíolo 2-4cm, glabro ou pubescente; lâmina 7-12(-20)×5-10cm, ovado-atenuada, triangular-lanceolada ou hastiforme (heterofilia freqüente),
membranácea, ápice acuminado (raro obtuso), margem inteira, base auriculada com lóbulos oblongos, face adaxial
glabra (ou com tricomas escassos), face abaxial pubescente.
Flores vistosas, solitárias, bracteadas; pedúnculo 6-12cm, glabro ou pubescente, horizontal ou obliquo; perigônio
peltilabiado, róseo-alvacento, glabro ou pubescente; utrículo 1,5-2×1-1,5cm; tubo 12-15×3-5mm; lábio peltocordado, oval, 4-8×2-4cm, ápice, mucronado, base com lóbulos oblongos, 15-25mm, face interna glabra com manchas purpúreas sobre fundo mais claro, com uma zona amarela ao redor da fauce; ginostêmio séssil, 3-4mm.
Cápsula 5-7×1-1,5cm, rostrada (Hoehne 1942); sementes não observadas.
Ocorre nos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e também por toda a região entre o México e o Paraguai. C1: preferencialmente ao longo dos rios e riachos. Coletada com flores em novembro; material frutífero não coletado no Estado. Utilizada como fitoterápica (mesmos usos de A. gigantea).
Com flores muito semelhantes às de A. elegans, A. odoratissima se distingue por apresentar pedúnculo e bojo mais ou menos horizontais ou ascendentes e folhas heteromorfas. Em A. elegans o pedúnculo e o bojo são pendentes e as folhas são cordiformes ou delto-cordadas.
Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.