Plantas volúveis ou prostradas, caules híspidos. Folhas sem pseudoestípula; pecíolo 7-24mm, reto ou torcido na base, hirsuto; lâmina 5,2-13,5×1-5,4cm, elíptica a lanceolada (raro linear ou sagitada), membranácea, ápice agudo a caudado, margem inteira ou levemente sinuada, base obtuso-auriculada a hastada, pubescente, 3 nervuras irradiadas da base.
Flores pequenas, inconspícuas, racemos paucifloros (2-7 flores), bracteados; pedúnculo 5-10mm, hirsuto; perigônio unilabiado, pubescente, amarelo a castanho; utrículo 10-15×6-8mm; tubo curvado na base, 14-18×6mm, fauce com mancha amarelo-queimado, margem castanha; lábio subpeltado ovalado ou espatulado, arredondado ou truncado, conchóide na base, 16-25×13-16mm; ginostêmio subséssil, 4mm; anteras 1-2mm.
Cápsula 15-28×14-15mm, globosa ou oblonga, lisa; sementes 3-4×3-4cm.
Ocorre nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Paraná. D6, E6, E7: áreas sombreadas, sub-bosques de matas ciliares, matas de altitude e áreas reflorestadas. Coletada com flores no período de janeiro a março, posteriormente em maio e outubro; coletado com frutos em novembro, janeiro, março a maio, e em julho. Utilizada em fitoterapia (mesmos usos de A. gigantea).
Espécie muito abundante em São Paulo, mas pouco notada e pouco coletada; indivíduos desta espécie têm hábito prostrado e na presença de suportes, tornam-se volúveis; de todas as espécies aqui estudadas, é a que mais dificilmente é identificada como Aristolochia, à primeira vista. O ginostêmio e o fruto desta espécie são os mais distintos das demais, quanto à forma.
Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.