Aristolochiaceae – Aristolochia macroura

Plantas robustas, glabras. Folhas com pseudoestípulas 1-3×1,3-3cm, orbiculares (ou ovaladas), perenes ou não,
membranáceas; pecíolo 2-6cm, flexuoso na base; lâmina 4,3-14,3×5-16,5cm, profundamente trilobada (levemente
trilobada em plantas jovens), membranácea, ápice agudo, obtuso, acuminado ou cuspidado, base auriculada a truncada, face adaxial glabra, abaxial tomentosa.

Flores avantajadas, fétidas, solitárias (raro conjugadas), bracteadas; pedúnculo 4,7-9cm, glabro; perigônio bilabiado,
glabro, verde-esbranquiçado, manchas vermelhas; utrículo 20-40×9-26mm, excrescência basal, 6-fida, carnosa; tubo
14-45×6-12mm; lábio superior ovalado caudado, 22-25×30-38mm, auriculado, expondo face interna purpúrea, cauda retorcida, 250-360×ca. 4mm; inferior curto, 2-15mm compr.; ginostêmio estipitado, 7-11mm; anteras 4-8mm.

Cápsula 47-85×13-27mm; sementes ca. 1×1cm.

Ocorre desde a Bahia até o Paraná, Paraguai e Argentina. E7, E9, F7: áreas litorâneas, preferencialmente em áreas de restingas, em terrenos planos ou levemente ondulados, ou ainda, em regiões mais afastadas do litoral, próximo a rios. Coletada com flores de maio a janeiro e com frutos de setembro a dezembro. Utilizada em fitoterapia (mesmos usos de A. gigantea).

Facilmente reconhecida pela combinação de folhas lobadas e ápice superior caudiforme. Ahumada (1967) observou diferenças no tamanho das flores, que estão ligadas a um âmbito geográfico. Entre as espécies de São Paulo, poderia ser confundida com A. paulistana, porém, nesta, as folhas são inteiras, triangulares.

Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.

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