Arbustos ou árvores, 4-10(-15)m; ramos novos glabros, pubérulos a tomentosos. Pecíolo glabro a tomentoso, (5-)7-10(-15)mm; lâmina (5-)6-11×2-4cm, oboval a oblongo-oboval, glabra a tomentosa, coriácea, geralmente sem glândulas, ápice obtuso ou arredondado, base atenuada, margem revoluta, engrossada, crenada, crenas terminando em apículo enegrecido.
Inflorescência masculina em aglomerado de dicásios 3-floros (7-11 por axila); inflorescência feminina em fascículo, 4-9 flores por axila. Flores 4-meras, ca. 5mm, cálice glabro ou pubérulo, lobos arredondados, não ciliados; pedicelo 3-4mm.
Fruto globoso ou ovóide, sulcado, 5-8mm, vermelho a púrpura, mesocarpo tênue a carnoso; pirenos 4.
No Brasil, ocorre do sul da Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, incluindo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. D1, D4, D5, D8, D9, E4, E5, E6, E7, E8, E9, F4: em matas mesófilas,
matas de araucária, rara na mata atlântica ou em matas ciliares.
Espécie ciófila, geralmente faz parte da submata. Coletada com flores de setembro a dezembro, com frutos maduros de abril a maio. Com as folhas dessa espécie se faz o chá mate ou mate, consumido principalmente nos estados do sul.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.