Aquifoliaceae – Ilex amara

Arbustos ramosos ou árvores, (1-)3-12(-20)m; ramos jovens glabros ou pouco pubérulos. Pecíolo (1-)4-10mm, glabro
ou pubérulo, algumas vezes com tricomas brancos; lâmina (2-)5-7(-8)×(0,7-)2-3(-4)cm, elíptica, oboval a estreitamente oboval, glabra, coriácea, face abaxial com glândulas punctiformes escuras, ápice acuminado, agudo a
arredondado, base aguda, margem revoluta, serreada ou crenado-serreada, serras terminando em apículo enegrecido.

Inflorescência masculina em tirso curto (até 2cm), proliferante ou não, junto com aglomerado de dicásios 3-floros (2-10 por axila), ou dicásios solitários, 3-floros; inflorescência feminina em fascículo (2-7 flores por axila), juntamente com racemos curtos (até 1,5cm), ocasionalmente, flores solitárias, muito raramente tirsos proliferantes. Flores 4-meras, 3-4mm; cálice de lobos arredondados, ciliados; pedicelo (1-)2-3mm.

Fruto globoso, rugoso, sulcado ou não, (3-)4-6mm, vináceo a enegrecido, mesocarpo carnoso; pirenos 4.

Ocorre desde a Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul e oeste do Paraguai. D8, E7, E8, F5, F6, G6: restingas, campos, matas ciliares, topos de morros, bordas ou interiores de matas, nesse caso desenvolvendo-se sob forma de árvore alta. Coletada com flores de (setembro-)outubro a dezembro, com frutos maduros de maio a junho.

I. amara é freqüentemente referida como Ilex dumosa Reissek. Além disso, materiais de folhas menores (até 3,5cm), subsésseis e obovais são muitas vezes identificados como I. chamaedryfolia Reissek. A delimitação desses táxons não é clara, sendo necessários estudos mais aprofundados. No presente trabalho, está sendo adotado o binômio que deverá ter prioridade em caso de sinonimização desses táxons.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

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